CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
TV / Atualizações

Irmãos Menendez podem receber 'nova chance' após série documental

Com apoio de Kim Kardashian e revisão do caso após 35 anos, os irmãos Menendez, condenados pelo assassinato dos pais, podem ter pena revisada

Lyle e Erik Menendez - Foto: Getty Images
Lyle e Erik Menendez - Foto: Getty Images

O caso de Erik e Lyle Menendez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de seus pais, ganhou destaque novamente após ser retratado na série Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan. A produção, inspirada em fatos reais, reacendeu o debate sobre os motivos que levaram os irmãos a matar José e Kitty Menendez.

Para quem não acompanhou, a série documental se tornou uma das mais assistidas no último mês. A produção retrata o julgamento dos irmãos, que foram condenados à prisão perpétua por matar os pais, apesar de alegarem que sofriam abusos e agiram em legítima defesa.

Os irmãos foram condenados em 1989 e permanecem presos até hoje. Durante o julgamento, alegaram que os abusos sexuais sofridos pelo pai teriam sido a motivação para o crime, mas essa defesa não foi aceita na época. No entanto, agora eles podem ter direito a um novo julgamento. Em coletiva de imprensa, o procurador distrital do Condado de Los Angeles, George Gascón, afirmou estar ciente das novas alegações de um ex-integrante da banda Menudo, que acusou José Menendez de tê-lo molestado.

Esse fato é crucial para o caso, pois sugere que o juiz do segundo julgamento dos irmãos pode ter cometido um erro ao não permitir provas de que o empresário supostamente abusou dos filhos. De acordo com o TMZ, o promotor afirmou que está analisando as alegações de Erik e Lyle para decidir se eles terão direito a um novo julgamento ou à revisão de suas sentenças. Se isso ocorrer, há a chance de que os irmãos sejam liberados.

Confira um trecho da série documental:

Irmãos Menendez receberam apoio de Kim Kardashian

Além de ser empresária, modelo, atriz, influenciadora e socialite, Kim Kardashian também é estudante de direito e se dedica a projetos de reabilitação de presos nos Estados Unidos. Por isso, ela esteve presente em uma penitenciária em San Diego, e encontrou os irmãos Lyle e Erik Menendez, que foram retratados na série ‘Monstros’ da Netflix.

Kim escreveu uma carta aberta para defendê-los. Em texto divulgado pela rede NBC News, Kardashian contou que foi visitá-los na prisão e definiu que eles não são “monstros”. Além disso, ela disse que eles foram alvos de injustiça na época do julgamento.

“O primeiro julgamento foi televisionado para todos verem, e o caso de Erik e Lyle se tornou entretenimento para a nação, seu sofrimento e histórias de abuso ridicularizados em esquetes no Saturday Night Live. A mídia transformou os irmãos em monstros e colírios sensacionalistas. Dois garotos ricos e arrogantes de Beverly Hills que mataram os pais por ganância. Não havia espaço para empatia, muito menos simpatia”, afirmou ela.

“Minha esperança é que as sentenças de prisão perpétua de Erik e Lyle Menendez sejam reconsideradas. Devemos isso aos meninos que perderam a infância, que nunca tiveram a chance de ser ouvidos, ajudados ou salvos”, disse ela, que completou: “Passei um tempo com Lyle e Erik. Eles não são monstros. Eles são homens gentis, inteligentes e honestos. Na prisão, ambos têm registros disciplinares exemplares. Os assassinatos não são desculpáveis. Quero deixar isso bem claro. Nem o comportamento deles antes, durante ou depois do crime. Mas não devemos negar que eles estão hoje, na casa dos 50. O julgamento e a punição que esses irmãos receberam foram mais adequados para um serial killer do que para dois indivíduos que suportaram anos de abuso sexual pelas mesmas pessoas que amavam e confiavam”.

E completou: “Não acredito que passar a vida inteira encarcerados fosse a punição correta para esse caso complexo. Se esse crime tivesse sido cometido e julgado hoje, acredito que o resultado teria sido dramaticamente diferente”.