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TV / ANIVERSÁRIO

Camila Morgado completa 50 anos; atriz foi garçonete antes de conquistar sucesso

Dona de diversas interpretações marcantes, Camila Morgado precisou trabalhar como garçonete para se manter e pagar cursos de atuação antes do sucesso

Camila Morgado em sua mais recente novela na Globo, Renascer - Reprodução/Globo
Camila Morgado em sua mais recente novela na Globo, Renascer - Reprodução/Globo

No dia 12 de abril, Camila Morgadocompleta 50 anos. Uma das grandes atrizes de sua geração e com diversos papéis marcantes no currículo, a intérprete foi garçonete antes de conquistar sucesso na carreira de artista. Relembre a trajetória e trabalhos icônicos de Camila Morgado.

Início da caminhada

Muito antes de interpretar personagens inesquecíveis na TV, teatro, cinema e streaming, Camila Morgado enfrentou uma realidade pouco glamourosa. Nascida em Petrópolis, na serra fluminense, ela decidiu desde cedo que queria ser atriz.

A vocação veio acompanhada de desafios: ao se mudar para o Rio de Janeiro ainda jovem para estudar teatro, precisou trabalhar como garçonete para custear os cursos de formação. Em busca de oportunidades e aprendizado, passou por escolas como a Casa de Artes de Laranjeiras e estudou com nomes de peso, como Gerald Thomas (70) e Antunes Filho (1929-2019), sem nunca abandonar o sonho de atuar profissionalmente.

Camila não apenas encarou os bastidores do ofício como se destacou logo que teve sua primeira chance. A estreia nos palcos veio com a peça Ventriloquist, da Companhia de Ópera Seca, que marcou sua entrada no teatro profissional. Em 2000, um espetáculo ao lado de João Falcão chamou a atenção do diretor Jayme Monjardim (68), que a convidou para testes na televisão.

Protagonista à primeira vista

A atriz ganhou os olhos do público logo em sua estreia na televisão, como a sensível Manuela, protagonista da minissérie A Casa das Sete Mulheres (2003). Sua atuação emocionada e cheia de nuances chamou a atenção da crítica e lhe rendeu o Prêmio Qualidade Brasil.

Um ano depois, ela protagonizaria o filme Olga, interpretando a comunista Olga Benário em uma entrega tão intensa que incluiu emagrecimento drástico e cabeça raspada para as cenas do campo de concentração. A performance lhe garantiu indicações aos prêmios Grande Otelo e Guarani de Melhor Atriz e consolidou seu nome no cinema nacional.

Camila rapidamente se tornou sinônimo de qualidade e entrega. Em 2005, estreou em novelas com a vilã Miss May em América, um papel que exigiu novas camadas interpretativas e mostrou ao público sua versatilidade. Ao longo dos anos, foi da tragédia ao humor com igual intensidade, transitando por minisséries, filmes e séries que exploraram suas diversas facetas como intérprete.

Reinvenção

Inicialmente associada a papéis densos e dramáticos, a intérprete sempre desafiou as expectativas. Em 2013, surpreendeu ao entrar no universo da comédia no filme Até que a Sorte nos Separe 2, substituindo Danielle Winits (51) com naturalidade e conquistando o público com uma atuação leve e divertida.

No mesmo ano, brilhou na minissérie O Canto da Sereia, mostrando sua habilidade para tramas policiais e personagens ambíguas. No suspense Bom Dia, Verônica, da Netflix, seu papel como Janete, uma mulher submissa que convive com um serial killer, rendeu-lhe o Prêmio APCA de Melhor Atriz de Televisão — e talvez uma das atuações mais intensas de sua carreira.

Camila nunca se acomodou em um tipo só. Em 2022, encarou o desafio duplo de viver a personagem Irma no aguardado remake de Pantanal, sucesso da Globo que foi novamente bem recebido pelo público, ao mesmo tempo que se preparava para ser Heloísa em Sentença, produção da Amazon Prime.

Depois de 11 anos afastada do teatro, ela voltou aos palcos em 2023 e surpreendeu novamente como Zulmira em A Falecida, de Nelson Rodrigues. Até então, seu último trabalho na televisão foi Iolanda, a Dona Patroa de Renascer, folhetim exibido pela Globo em 2024.

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