O jornalista Bruno Rocha abriu seu apartamento e contou alguns segredos da profissão
Premiação do Oscar, Emmy, SAG Awards... Não importa em que lugar do mundo, mas, onde tem celebridades, lá está o jornalista Bruno Rocha (33), mais conhecido por seu pseudônimo, Hugo Gloss. Para quem pensa que sua vida é só de luxo e glamour, ele logo avisa: “Quem está a trabalho sabe bem que não é assim. São horas em pé, batalhando por uma entrevista. Não é tão simples quanto pensam”, revelou Bruno, que, inicialmente, teve a ideia de usar o nome para preservar a identidade. “Não sabia o que ia acontecer na minha vida ainda. Pensava: ‘Vai que eu passo em um concurso público e estou lá fazendo piadas na internet?’”, se diverte ele, que hoje atende por Bruno, por Hugo e também apenas por Gloss.
Ainda pequeno, Bruno já adorava acompanhar a carreira dos artistas, hábito que herdou da avó Hilda, já falecida. Nascido em Brasília, ele estudou em Barcelona e voltou ao Brasil em 2009. Na época, o Twitter já era um fenômeno no País e ele já acumulava seguidores há dois anos na rede social. “Sou da geração que participou da ascensão da internet no Brasil. Não queria, na verdade, ser uma figura pública. Comecei por brincadeira e porque gostava mesmo. Nem existia ainda esta geração de influencers, mas a vida me trouxe onde estou”, contou ele, que se formou em Jornalismo e Letras.
Hoje, Bruno tem um site de notícias que é um dos maiores fenômenos da internet, com mais de 12 milhões de seguidores e emprega 20 pessoas. “As pessoas gostam muito de rotular. Não gosto do termo influencer porque acredito que ninguém influencia os outros por tanto tempo. Você influencia em um momento, mas não sabe quanto tempo isso vai durar. Me defino como jornalista e empresário. Trabalho com notícias, não é tudo sobre mim”, explicou ele.
Apesar de estar sempre viajando, Bruno não abre mão de sua casa. Desde agosto, ele mora em um novo apartamento na Lagoa, Rio, onde fez questão de escolher cada objeto da decoração. Entre móveis assinados e livros, se destacam os inúmeros bonecos e lembranças de viagens. “Tudo aqui tem uma história. Para mim, a casa é onde você se reenergiza. É um presente que me dou, que ela seja do jeito que eu gosto, limpa e organizada. É meu porto seguro”, explicou ele, que, às vezes, só consegue ficar no Rio cinco dias ao mês. “Mas, apesar da rotina profissional, sou bem caseiro. Meu trabalho já envolve muitas festas e eventos, quando posso, gosto de ficar quietinho, vendo televisão, o que também, para mim, é trabalho”, disse o jornalista, que surpreende quando o assunto é conexão.
“Você sabe que fico bem sem celular? Após muito tempo, tirei férias no início do ano e fui para Fernando de Noronha. Lá, o sinal não é muito bom, mas fiquei bem, acredita?” Mas se até sem wi-fi ele consegue ficar, sem sua família Bruno não fica de jeito nenhum. Ainda morando em Brasília, a mãe do jornalista, Nailda, é presença certa em sua casa carioca, assim como sua grande paixão, a sobrinha e afilhada Lorena (3). “Isso não dá! E sempre que consigo também vou para Brasília. Família é tudo para mim”, explicou ele, ao lado de sua cadela, a vira-lata Marrona, adotada em um abrigo. “Marrona é o feminino de Marrom. Ela é muito tranquila, mas quando entra um estranho aqui, late bastante. É a guardiã da casa.”
A mudança de apartamento fez Bruno revisar a coleção de chapéus, uma de suas marcas. “Começou sem querer. Comprei um em Nova York e elogiaram tanto que comecei a comprar outros. Hoje são 18. Já tive mais. Mas não uso chapéu todo dia! É um figurino do Gloss”, se diverte, fazendo questão de explicar.