O intérprete do frentista Wesley festeja parceria com Claudia Raia: "Ela é um presente que o universo me ofereceu"
A Lei do Amor trouxe a Gil Coelho os maiores desafios de seus dez anos de carreira, completados em 2017. O frentista Wesley vive a responsabilidade de ser pai solteiro, começou a experimentar novas formas de amor ao descobrir sua bissexualidade e teve de lidar com a morte de seu novo par, Zelito (Danilo Ferreira). "Me dei conta de que nunca tinha feito um personagem com uma carga dramática tão grande", conta o ator.
O personagem chegou em um momento delicado da vida de Gil, logo após ele perder o pai. Teve ainda a ansiedade em contracenar com Claudia Raia, a Salete, de quem o ator é fã e seu personagem virou braço direito. "Ela é um presente que o universo me ofereceu. Sempre falo isso pra ela", conta.
Em bate-papo com CARAS Digital, Gil avalia sua carreira, conta qual é a sua torcida para o Wesley e diz que não há o que não faria em cena por um personagem. "Eu sou livre de pudores nesse sentido", explica.
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Confira o bate-papo!
- Qual é o maior desafio em interpretar o Wesley?
Na realidade, quando fui convidado pra fazer a novela eu me dei conta de que nunca tinha feito um personagem com uma carga dramática tão grande, como a descoberta da bissexualidade seguida da perda da pessoa que o ajudou a descobrir essa possibilidade de amor, que foi o Zelito (Danilo Ferreira). Eu havia acabado de passar pela perda do meu pai e fiz uma preparação intensa com o Eduardo Milewicz. Então acho que esses foram meus desafios e circunstâncias que colaboraram com a composição. E quando soube que iria contracenar com a Claudia Raia, pensei "Meu Deus! A Claudia, que eu assisto desde pequeno!". E quando a conheci, vi que essa diva é ainda uma pessoa maravilhosa. Ela é um presente que o universo me ofereceu. Sempre falo isso pra ela.
- Qual a sua torcida para ele? O que gostaria que acontecesse com o personagem?
É difícil dizer isso... Mas eu tenho curtido muito o que tem acontecido. Ele se tornou o braço direito da Salete, virou um grande companheiro, um super parceiro, com um carinho quase que de mãe e filho. Mas também gostaria que ele tivesse um grande amor até o final da novela, seja um homem ou uma mulher. Fico ansioso porque entendo que é algo que ele mesmo deseja, porque além de estar com ele, ajudaria na criação do filho. Wesley é um cara do bem, trabalhador, e acho que seria bacana ele voltar a se relacionar com alguém.
- Você ficou chateado com a morte do Zelito, já que o Wesley estava se interessando por ele?
A morte já estava prevista desde o começo, então não houve surpresa. Quem fica triste é o personagem, porque perdeu o grande amor... Certamente abalou muito o Wesley.
- Tem alguma coisa que você não faria em cena ou vale tudo por um personagem?
Acho que desde que me propus a ser ator e viver diferentes personagens, sou uma ferramenta na mão dos autores para que eles contem suas histórias com o meu auxílio. Eles criam e eu vivo. Sou livre de pudores nesse sentido. Sou ator e preciso encenar o que o personagem está vivendo. Acho que não há nada que me viole nesse sentido, que eu não queira fazer ou que eu não faria.
- Aliás, o que ainda gostaria de fazer como ator?
Uma das coisas que eu tinha muita vontade era ser protagonista de um filme, e realizei esse sonho! Esse ano vocês verão no cinema. De resto, acho que soaria pretensioso e egocêntrico analisar e falar... Acho que o Universo sabe onde e quando eu posso ir, qual o momento certo de eu estar nos lugares que eu almejo. Eu respeito muito o tempo das coisas. Mas desejo fazer muito cinema, teatro, TV.... De repente um vilão, fazer cenas mais pesadas e densas.
- Você está no elenco de 'Amor.com' e 'Duas de Mim', conta um pouquinho sobre os filmes?
"Amor.com" conta a história de um youtuber / gamer fracassado, cujo canal tem pouquíssimos inscritos e pouquíssimas visualizações. Ele conhece Katrina, uma mulher que está passando por dificuldades e que ele jamais imagina que possa viver algo, por eles serem muito distantes. O "Duas de mim" é um filme de comédia super divertido, com Alessandra Maestrini e Thalita Carauta no elenco, e um dos cenários é um reality show de culinária no melhor estilo "MasterChef", onde eu interpreto um assistente de direção super afetado. Meu personagem, o Neto, tem um problema de dicção perceptível e é bem divertido.
- Como tem sido a experiência de trabalhar com a Nathalia Timberg na peça '33 Variações'?
Trabalhar com a Nathalia Timberg foi uma das coisas mais incríveis da minha vida! O que eu aprendi com ela, nossa... Ela é uma dama do teatro! Quando eu vejo que ela me mandou um WhatsApp eu fico todo bobo, é uma coisa linda! Sempre inovadora... Ela muda só uma vírgula no meu texto e já traz outro sentido à minha fala. Criamos um carinho muito grande um pelo outro. Ao fim do espetáculo saímos com o elenco pra jantar e eu converso com ela sobre a vida, sobre poesia, sobre coisas novas... E ainda o Wolf junto, que é outro presente, um grande diretor e amigo. Sou muito grato a ele pelo convite para esse segundo trabalho juntos.