O apresentador Danilo Gentili matou a curiosidade dos fãs no 'The Noite' no SBT
Provavelmente você se lembra daquela frase que era falada em todo começo de filme ou desenho na TV na década de 1990: ''Versão brasileira, Herbert Richers". Para finalmente desvendar esse mistério de quem é o famoso brasileiro, Danilo Gentili gravou uma entrevista com Herbert Richers Jr. no The Noite desta segunda-feira, 13, no SBT.
Em conversa com o apresentador, o empresário falou sobre a fama do nome que herdou do pai e a curiosidade que sempre despertou nas pessoas: "Tinha toda uma mítica. Lembro na época do finado Orkut que tinham comunidades com "quem é Herbert Richers?", contou ele.
O convidado explicou como o pai começou na área do entretenimento e recordou: “Papai começa a vida dele como laboratorista, revelando filmes. Começou com 17 pra 18 anos... começou a se interessar por fotografia e virou fotógrafo de cinema”.
Sobre ter crescido nos estúdios, ele relembra um episódio inusitado que viveu quando tinha cerca de 4 anos. “Eu não sabia o que era cenário, era pequenininho e fiquei com vontade de ir no banheiro. Achei um e usei, mas não tinha água. Aí vieram os caras dizendo "quem usou o banheiro?!". Aí passei a ter muito medo de cenário. Olhava pra cima para ver se tinha teto e batia pra ver se tinha barulho de madeira”, afirma Herbert.
Junior comentou sobre a relação pessoal com o pai dentro de casa. "Papai era muito carinhoso. Era uma delícia de pai.” E diz como Herbert Richers começou no ramo da dublagem: “Papai tinha os estúdios de dublagem porque os filmes brasileiros [...] ele produzia muito, oito por ano, e tudo que era em externa era dublado, porque o som direto era muito ruim”.
Segundo ele, quem convenceu seu pai a começar a fazer dublagens para televisão foi ninguém menos que Walt Disney. “Eles eram amigos. Ficaram amigos quando ele veio para cá fazer aquele filme em que inventou o Zé Carioca, foi nos anos 40. Papai falava inglês e foi designado para recebê-lo”, declarou o empresário.
A respeito do fim das atividades dos estúdios, Herbert lamenta: “Essas empresas acabaram porque, da maneira como estavam montadas, a coisa trabalhista é impossível. A gente perdia filmes para concorrência com os nossos dubladores. Que estavam contratados. Porque o contratado é mais caro pra quem contrata do que o outro que é eventual. Isso é surreal e comeu as empresas por dentro”.