Ex-atleta Marcelo Negrão conta o segredo para manter o casamento com Isis

Nas quadras, ele fez história. Dono de incontáveis títulos com a Seleção Brasileira de Vôlei, entre eles a primeira medalha de ouro da modalidade, nos jogos olímpicos de Barcelona, em 1992, Marcelo Negrão (42) tem um currículo esportivo recheado de feitos. O ex-atleta, no entanto, não pensa duas vezes na hora de destacar a maior de suas conquistas. “A família é o bem mais importante que uma pessoa pode ter. Tenho orgulho da mulher maravilhosa que está ao meu lado e dos nossos filhos”, afirma ele, citando a amada, Isis (46), e os herdeiros, Gabriel (10) e Mateus (8). “Marcelo é 100% família. Não há nada que ele faça e que nós três não estejamos incluídos. Não há uma segunda vida, é um pacote completo”, assegura Isis, reforçando as palavras do eleito, durante tour do quarteto pelo Royal Palm Hotels & Resorts, em Campinas, no interior de SP. As viagens, aliás, são compromisso certo na agenda do clã, que reside na capital paulista. “A vida em SP é muito corrida, a gente precisa desacelerar, por isso, sempre que conseguimos uma folga, damos essas escapadas para um lugar mais calmo. Os meninos adoram”, explica Negrão.

Os destinos, no entanto, nem sempre incluem os meninos. E o motivo é nobre. “Uma vez por ano, eu e Isis tiramos uma semana para nós, uma viagem romântica. É preciso ter momentos assim, senão a rotina acaba afastando o casal”, argumenta Negrão. Além de preservar os momentos a dois, o segredo para o feliz casamento, que já soma 18 anos, é a atemporalidade. “A vejo com os mesmos olhos de quando começamos namorar. Não a vejo mais velha, diferente, nada. Lembro até hoje e com detalhes do nosso primeiro encontro. Nada muda quando a gente ama eternamente”, derrete-se ele. “Para nós, o tempo não passa”, emenda Isis, que administra com pulso firme os negócios da família. “Trabalhamos com academias, mas não misturamos as coisas. Ele é o garoto-propaganda e eu administro com nosso sócio. Marcelo não se envolve, senão dá briga”, diverte-se Isis, que ainda encara com leveza o desafio de ser a única mulher da casa. “É difícil, ou melhor, é desesperador! Homem é bagunceiro, deixa roupas pela casa inteira. Na lista de prioridades, eu sou a última”, brinca. “A gente toma banho e os três ficam esperando de toalha ela escolher a roupa”, entrega o ídolo.

Apesar de ter se aposentado das quadras há mais de 10 anos, Marcelo lembra com carinho e saudade dos tempos de atleta. “Sinto muita falta daquela época, dos companheiros. Sempre gostei de defender a Seleção, era apaixonado por aquela camisa. Às vezes, sonho que estou jogando”, confessa ele, que fez do ofício uma grande lição de vida. “Aprendi que o trabalho em grupo, sem vaidades e sem egos, é que nos leva às conquistas e à superação”, conta ele, hoje dedicado à carreira de comentarista esportivo na Band e apresentador do quadro Vice-Versa, do Band Esporte Clube, na mesma emissora, no qual encara desafios em diferentes modalidades. “É um quadro muito legal, pois me vejo fazendo esportes que nunca pensei na vida em fazer”, des­ taca, animado. A paixão pelo esporte está no DNA do clã. “Os meninos gostam e acompanham tudo comigo, mas o negócio deles é o futebol. O Gabriel tem esse lado ainda mais aflorado, acho que ele seguirá carreira de atleta”, aponta o pai coruja. “Gabriel é mais competitivo e Mateus, mais ligado aos estudos, mas ambos são focados em tudo o que se propõem a fazer”, compara Isis. Em casa, longe de qualquer atividade esportiva, quem reina é o videogame. “Jogamos para ganhar! É uma disputa acirrada e, modéstia à parte, sempre ganho”, garante Negrão, rindo.