Durante entrevista, atriz revelou que chegou a levar tapas de desconhecida durante as gravações de filme biográfico!
Nesta terça-feira, 16, Deborah Secco foi uma das estrelas convidadas para participar do programa Que história é essa, Porchat?. No quadro, a atriz revelou os apuros que passou durante as gravações do filme Bruna Surfistinha, sucesso de 2011, no qual ela interpretou a protagonista.
O filme conta a vida de Rachel Pacheco, que fugiu de casa para trabalhar como prostituta e abriu um blog, no qual contava as experiências sexuais que tinha. Em 2012, o longa foi premiado nas categorias Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, pelo Grande Prêmio de Cinema Brasileiro.
Na conversa com Fábio Porchat, a atriz confessou que a trama foi produzida de uma forma que ela nunca havia trabalhado. Nas gravações, ela e os outros atores viveram a verdadeira história, em locações fictícias, sem câmeras, para absorver a emoção dos personagens e se permitir viver aquilo. "Fomos para lá eu e os atores que faziam meu pai, mãe e irmão. Convivemos dias de família. Ia para a casa, tomava café, banho", contou.
Acontece que, uma das cenas fugiu do controle da produção e rendeu para o atriz alguns tapas de uma comerciante, que não a identificou. "As pessoas não me reconheciam. Era impressionante. Eu estava muito vulgar, sombra azul, quase nua [nas ruas da cidade]", contou.
No dia de gravação, a atriz precisava ir até uma farmácia, no papel de Bruna Surfistinha, para comprar camisinhas. Ela estava na casa da cafetina, e foi acompanhada da colega de trabalho. "Pegamos dinheiro, botei minha roupa de prostituta e fomos. Aí escutei um 'Raquel, Raquel'. Quando virei, era o [ator] Sérgio Guizé, que fazia o papel de irmão da Bruna", disse.
"Ele falou: 'descobri, sua vagabunda. Você virou puta'. E correu atrás de mim. Não sei o que deu em mim na hora que comecei a chorar e corri por São Paulo perdidamente. Estava de chinelo, joguei o chinelo fora. Entrei num boteco chorando com a Cris, e a mulher do bar [que não era atriz] escondeu a gente atrás de uma parede falsa, onde tinha máquinas de caça níquel", completou.
Durante o acontecimento, Secco e Cristina [com as personagens incorporadas] foram alvos de tapas da senhora que as acolheu no estabelecimento. Até então, as atrizes não reveleram que aquilo era um filme, então a comerciante queria chamar a polícia e os pais das duas para conter a situação de violência, sem entender que a perseguição não passava de uma cena de filme. "Vocês são pu**. Umas meninas tão bonitas...", atacou a comerciante.
Para finalizar, as duas saíram do bar e encontraram Guizé, que ainda estava no papel, voltou para a cena e foi na direção delas. "Quando ele veio, uns trinta [que não eram artistas] apareceram para bater nele: 'larga ela, larga ela'. E a gente falando que era um filme", relatou.