Agora apresentadora do 'Mulheres', jornalista abriu o programa criticando a imposição de padrões
A jornalista Regina Volpato quebrou o protocolo e abriu o programa Mulheres desta terça-feira, 9, criticando a imposição de padrões de beleza.
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Ela foi criticada ao assumir os cabelos crespos e fez um desabafo franco e sensível com seus telespectadores.
"O que há de errado em ser eu mesma?", perguntou ela antes de afirmar que ao assumir suas características se sentiu livre.
Leia na íntegra:
Queria agradecer o carinho que eu recebi, foram muitas mensagens lindas desejando sucesso, sorte, dando os parabéns pela minha estreia. Eu respondi e li tudo o que eu pude. Agradeço à você que me escreveu, a sua audiência, compreensão e o fato de dividir o seu tempo comigo, porque tempo é algo muito precioso, afinal, não tem reposição.
Sabe uma coisa que me chamou muito a atenção e me fez refletir? Porque eu sou uma pessoa que gosta muito de uma reflexão. Os comentários sobre o meu cabelo. E eu entendo, tanto as pessoas que me elogiaram quanto as pessoas que não gostaram muito, acharam meio esquisito
É que é o seguinte: quando a gente vê alguma coisa sempre do mesmo jeito, esse jeito passa a ser o certo e tudo o que for diferente causa uma certa estranheza. Durante toda a minha vida pessoal eu trabalhei com o meu cabelo liso, fazendo escova. Na minha vida pessoa não, eu sempre usei o meu cabelo natural, crespo. Eu sou crespa, esse é o meu cabelo natural. Ocorre que já há algum tempo eu resolvi ficar em paz comigo e me aceitar. Aceitar o meu jeito, o meu corpo, o meu cabelo. E eu te garanto: a vida depois disso ficou muito mais leve, depois que eu me libertei.
Por que não usar o cabelo do jeito que ele é? Por que ceder à pressão? O que há de errado em ser eu mesma? Por que só o liso é permitido? Nada contra as lisas, mas nós, mulheres, temos que nos libertar e sermos lindas do jeito que somos. A vida pode e deve ser mais leve e simples, independente do cabelo, da forma física, da cor da pele, da orientação sexual.
Assumir o meu cabelo foi libertador, uma conquista. Crespas, lisas, cacheadas, onduladas, não importa: somos lindas todas do jeito que somos. Sempre lindas, sempre mulheres.
Veja!