Carol Castro, Rafaela Mandelli, Samuel de Assis e Eucir de Souza revelaram detalhes surpreendentes da preparação dos seus personagens em Insânia
Natalia Queiroz Publicado em 03/12/2021, às 12h31 - Atualizado às 12h39
Nesta sexta-feira, 3, a Star+ lançou a série Insânia que traz Carol Castro (37) com um papel bem diferente do que o público dos folhetins da Rede Globo estão acostumados.
Na trama, a atriz vive a policial científica Paula, que após o acidente de carro aparentemente fatal de sua filha, interpretada por Bella Camero (29), é internada contra a sua vontade em um hospital psiquiátrico.
Com o decorrer dos episódios, o público se depara ainda mais com um drama que se mistura com suspense, terror e investigação criminal envolvendo a saúde mental e a estadia de Paula na clínica.
Em entrevista exclusiva com a CARAS Digital, Carol Castro, Rafaela Mandelli (42), Samuel de Assis e Eucir de Souza (51) contaram como foi toda a preparação para os papéis na série, que contou com palestras, conversas e visitas a lugares reais de crimes.
Carol e Rafa, interpretando as peritas e melhores amigas Paula e Camila, saíram da zona de conforto ao revelarem que passaram dias acompanhando o dia a dia do trabalho da Polícia Científica do Estado de São Paulo como parte da preparação de elenco.
"Tivemos um momento muito importante de um laboratório onde foi feita uma visita à realidade da polícia científica, visita no prédio para entender como funciona", disse Carol. As atrizes tiveram a vivência no local real de feminicídio na Brasilândia. "Quando a Carol me ligou e falou 'deu local vamos' eu estava realmente no salão fazendo o cabelo da personagem. E tem que ir com uma roupa específica e eu estava toda arrumada, larguei minha roupa no salão, peguei um tênis de um, calça e camiseta de outro, compramos o boné no meio do caminho e óculos, até para que ninguém reconheça a gente, porque aquele é um trabalho seríssimo. Eu nunca tinha passado por uma experiência dessa, é uma realidade muito difícil, ao mesmo tempo que para a gente é tudo muito 'uau', aquilo ali é algo cotidiano, então essa discrepância foi muito importante para a nossa relação e criação de personagem", contou Rafaela.
Carol ainda relembrou algumas das coincidências das ações e revelou uma profissional real que serviu de inspiração. "A primeira perita que me atendeu no dia se chamava Paula. No dia que conseguimos ir num lugar real, de crime, a perita se chamava Carolina, e era uma mulher muito casca grossa e muito referência, inspiração", afirmou.
Além disso, elas também visitaram o IML, Instituto Médico-Legal, onde Rafa encontrou toda a essência da sua personagem. "A ida ao IML foi fundamental porque eu não sabia como era lugar, o cheiro, como que as pessoas optavam por trabalhar lá, na medida que são formadas em medicina. Eu perguntei para uma pessoa que trabalhava lá porque ela escolheu estar ali, ela era formada em neurologia, e ela falou: 'eu prefiro lidar com gente que já não está mais aqui do que acontecer isso com uma pessoa na minha mão'. Aquilo me marcou tanto que foi o que trouxe a Camila para mim", recordou.
Samuel e Eucir também dão um show de atuação nos papéis de Lucas, paciente do hospital que se nega a viver o mundo real e, por isso, usa constantemente uma venda em seus olhos; e Dr. César Schultz, neurocientista que segue a ideologia que certas regiões do cérebro poderiam ser manipuladas.
Durante o bate-papo, Samuel contou sobre a criação do seu personagem. "Eu sempre brinco que eu criei o Lucas pensando nas dificuldades e nas confusões mentais da Paula, e é muito louco você criar um personagem pensando diretamente nos sentimentos da outra com quem você contracena, então foi uma das dificuldades, e eu falei isso sempre para a Carol", declarou.
Já Eucir desabafou ao falar das crenças bem diferentes do seu personagem. "O Schultz faz parte de um universo, de um tipo de pensamento, que eu nunca tinha tomado conhecimento, não sabia por tamanha aversão e medo que eu tinha. É um universo que eu nunca tinha frequentado, foi a primeira vez que eu fui assistir vídeos que falavam sobre. Para mim, o mais difícil foi descobrir qual era a motivação dessas pessoas", disse ele.
