O intérprete do personagem Kiko no seriado 'Chaves' disse ainda que deseja ser enterrado no Brasil quando morrer
Carlos Villagrán, intérprete do personagem Kiko no seriado Chaves, relembrou uma história tragicômica com Ramón Valdés, o Seu Madruga, durante participação no The Noite desta quinta-feira, 16.
Villagrán contou que durante uma visita a Valdés no hospital Santa Elena, na Cidade do México, acabou caindo no choro e foi consolado de forma divertida pelo amigo.
"Calma, bochechudo. Não chora. A gente se vê lá!", disse Valdés.
"No céu?", indagou Villagrán.
"Não, no inferno", brincou o intérprete do Seu Madruga, falecido no dia 2 de agosto de 1988, aos 64 anos, vítima de um câncer no estômago.
Os dois deixaram o seriado no final da década de 70, após divergências com Roberto Gómez Bolaños. Em 1979 voltaram a trabalhar juntos no show Federrico. Já em 1987, dois anos antes da morte de Valdés, gravaram o programa Ah, Que Kiko.
Questionado por Danilo Gentili sobre sua já anunciada aposentadoria dos palcos, Villagrán disse que só os fãs podem aposentá-lo. "Somente o público poderá dizer quando o Quico deve se aposentar", afirmou.
Carlos reafirmou seu enorme carinho pelo Brasil e disse que ama demais o país. "Gostaria de ser enterrado aqui quando morrer", disse.
Durante o programa, Gentili promete mostrar um "episódio perdido" de Chaves, mas a fita dá problema e o estagiário acaba sendo responsabilizado. O ator, com a voz de Kiko, irrita-se e grita o bordão "Gentalha, gentalha!".
O The Noite com a presença de Carlos Villagrán vai ao ar nesta quinta-feira, 16, a partir da meia noite, no SBT.
VILLAGRÁN NO BRASIL
Carlos Villagrán voltou a São Paulo para o Dia das Crianças, no último domingo, 12. A apresentação aconteceu no Clube Juventus, na Mooca, e teve uma única sessão. O Show do Kiko, que comemora mais de 40 anos de sucesso do personagem, ainda teve participação de Carlos Seidl, dublador de Seu Madruga no Brasil.
No próximo final de semana ele se apresentará em Porto Alegre (18), no teatro do Bourbon Country, e em Novo Hamburgo (19), no teatro Feevale.
Em recente entrevista para a CARAS Digital, o intérprete do filho da Dona Florinda contou por que decidiu continuar nos palcos, diz o que o público pode esperar das apresentações ao lado de Carlos Seidl (dublador do Seu Madruga) e revela que adoraria trabalhar por aqui. "Eu ficaria muito feliz em trabalhar com televisão no Brasil. Quem me dera se surgisse um projeto ou se eu pudesse ter meu próprio programa no país, seria uma honra", confessa.
- Em sua vinda ao Brasil no ano passado você anunciou que estaria se aposentando. O que motivou a nova turnê?
Quando falei em me aposentar no ano passado, as pessoas me pediam, tanto nos shows, quanto nas redes sociais, para continuar com o Kiko. Sinceramente, me sinto muito bem fisicamente e estou muito bem de saúde. Por esse motivo decidi aceitar os pedidos do público, sobretudo para voltar ao Brasil, este país tão maravilhoso.
- Como é a sua relação com os fãs brasileiros?
Minha relação com o Brasil é de grande admiração, o país faz parte da minha vida. Em relação aos fãs brasileiros, sinto como se eu pertencesse as suas famílias, desde o momento em que me recebem em sua casa e se divertem comigo assistindo Chaves, até quando se conectam comigo através do Facebook ou do Instagram e me mandam mensagens. Em qualquer parte do mundo, quando me encontro com um brasileiro, ele me estende a mão, me dá um abraço, um beijo. O Brasil é um país cheio de cores, odores, variedade de frutas, flores, animais silvestres, selvagens... É um país abençoado por Deus, que encheu os brasileiros de alegria, música, arte, tudo!
- Fica comovido em ver que em tantos anos o público continua com o mesmo amor por você e pelo personagem?
Eu não conseguiria pagar nem com a minha própria vida, o que ela mesma me deu. Receber este amor do público não tem preço. Sou uma pessoa extremamente abençoada por Deus.
- Qual a experiência mais emocionante que você já vivenciou com fãs brasileiros?
Todas as experiências no Brasil são emocionantes. Sou uma pessoa sensível, estar no palco, diante de tanta gente gritando “Kiko! Kiko! Kiko!” é como uma canção de amor para os meus ouvidos. Recordo-me sempre, com muito carinho e muito agradecimento, da homenagem que recebi na última vez em que estive no programa do Celso Portiolli, foi um reconhecimento muito emocionante.
- Qual é o momento mais especial e emocionante em seu show?
Quando chamo alguém do público para o palco, para brincar comigo. Eu abraço a pessoa, a maioria se emociona muito e chora, e no fim da brincadeira me dizem coisas como: “Obrigado por ter feito a minha infância feliz. Cresci com você. Cresci com o Kiko!”. Isso não tem preço.
- O que você pode falar sobre esse novo show com o dublador do Seu Madruga?
Para mim é uma honra trabalhar com Carlos Seidl, uma pessoa que contribuiu muito, através de sua voz, para tornar o meu grande amigo Ramón Valdés popular no Brasil. Quanto ao novo show, é surpresa, mas já adianto que o público vai assistir as melhores cenas envolvendo o Kiko e o Seu Madruga!
- Quais são os planos daqui pra frente? Terão novas turnês? Programas de TV? Já pensou em trabalhar com TV no Brasil?
Sigo recebendo propostas para me apresentar em países como Argentina, Uruguai, Costa Rica... Estamos conversando. Quanto à televisão, sempre gostei de trabalhar com TV, foi onde me formei. Ficaria muito feliz em trabalhar com televisão no Brasil. Quem me dera se surgisse um projeto ou se eu pudesse ter meu próprio programa no país, seria uma honra.