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Bárbara Paz se assume como pessoa não-binária: ''Descobri que sou há pouco tempo''

Bárbara Paz se assume como pessoa não-binária e conta detalhes do processo

CARAS Digital Publicado em 28/05/2021, às 13h12 - Atualizado às 14h45

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Bárbara Paz se descobre como pessoa não-binária - Globo/Raquel Cunha
Bárbara Paz se descobre como pessoa não-binária - Globo/Raquel Cunha

A atriz Bárbara Paz (46) revelou se identificar como pessoa não-binária nesta sexta-feira, 28, durante sua participação em um podcast.

Em conversa com o produtor cultural Paulo Azevedo no podcast Almasculina, a artista deu detalhes. "Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não-binária. Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi. Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas, a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação", afirmou.

A cineasta ainda está se conhecendo e compreendendo quem é. "Nas horas vagas, a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, eu não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Eu sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco, arte", contou.

Bárbara também falou sobre sua visão masculina durante a infância. "Então, o masculino, ele veio… Olha que interessante: as primeiras imagens eram dos médicos da minha mãe, que cuidavam dela, que zelavam por ela. Para mim, eles eram anjos. Eu era uma criança. Eu era apaixonada por aqueles médicos, porque ali eu sabia que minha mãe estava viva, bem cuidada. Sabia que ela ia voltar para casa. Meu modelo de masculinidade é um lugar de conforto, de rede de proteção. Esse foi o masculino que eu vi. Éramos cinco mulheres em casa à espera de um maestro que nunca chegou. E eu acabei virando o maestro dessa história, eu fui o homem da casa. E, mesmo criança, eu me sentia a responsável por aquilo tudo", revelou.

Apesar de ter nascido com traços femininos, a artista ressalta que teve um lado masculino muito forte no seu crescimento. "Eu era metade menino, metade menina. Eu cresci assim, porque eu uma era indefinição. Porque eu sou muito feminina, tenho traços femininos, sou loirinha, toda princesinha e esse lado masculino de ser moleque, também nasceu comigo.", disse.