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Teatro / ENTREVISTA

Rainer Cadete sobre ser pai de adolescente: 'Desafiador, mas é uma fase de conexão'

Em entrevista à CARAS Brasil, Rainer Cadete detalha a relação com o filho, Pietro, e conta sobre os bastidores do musical Uma Babá Quase Perfeita

O ator Rainer Cadete - Foto: Segio Santoian (@s_santoian) | Beleza: Alice Martin (@alice.makeup) | Assistente: Alice Martins (@taiwollmer) | Styling: Marcio Banfi (@marciobanfi)
O ator Rainer Cadete - Foto: Segio Santoian (@s_santoian) | Beleza: Alice Martin (@alice.makeup) | Assistente: Alice Martins (@taiwollmer) | Styling: Marcio Banfi (@marciobanfi)

Com diversos projetos seguidos,Rainer Cadete (37) divide a rotina intensa com a paternidade. O ator, que pode ser visto nos teatros com o musical Uma Babá Quase Perfeita, assegura que, mesmo sendo desafiador, o período que vive com o filho adolescente, Pietro Cadete (17), é bastante produtivo.

"Cada dia é uma novidade. Ser pai de um adolescente é desafiador, mas ao mesmo tempo, é uma fase linda de descobertas e de conexão. Amo muito", conta Rainer Cadete, em entrevista à CARAS Brasil. "Procuro estar presente, ouvir e apoiar, e é uma troca muito enriquecedora."

Essa conexão se fortaleceu com o lançamento do livro Olhares que Filtram, em setembro deste ano. O projeto foi desenvolvido pelo artista com seu filho, fruto da relação com a bailarina Lily Alvez(38), e aborda temas como paternidade e racismo estrutural.

Leia também: Rainer Cadete desabafa após filho ser alvo de racismo: 'Muito complexo'

"Cada conversa que tivemos ao longo desse projeto fortaleceu nosso vínculo. Ver nossa relação e essas reflexões se tornarem algo tangível foi uma realização enorme, e espero que o livro toque outras pessoas da mesma forma que nos tocou", acrescenta.

Para além do laço familiar, Rainer Cadete está em cartaz no Teatro Multipan VillageMall, no Rio de Janeiro, desde 3 de outubro com o musical de comédia Uma Babá Quase Perfeita. O artista divide o palco com nomes como Eduardo Sterblitch (37) e Thaís Piza (33).

Foto: Segio Santoian (@s_santoian) | Beleza: Alice Martin (@alice.makeup) | Assistente: Alice Martins (@taiwollmer) | Styling: Marcio Banfi (@marciobanfi)
Foto: Segio Santoian (@s_santoian) | Beleza: Alice Martin (@alice.makeup) | Assistente: Alice Martins (@taiwollmer) | Styling: Marcio Banfi (@marciobanfi)

Ele assegura que o trabalho tem sido divertido, apesar de cansativo pela dinâmica distinta que um musical combinado com a comédia carrega. Para Cadete, é recompensador ver o sucesso do trabalho, que após a temporada no RJ com diversos dias esgotados, chega a São Paulo em março do ano que vem, no Teatro Liberdade.

Abaixo, Rainer Cadete dá mais detalhes sobre os bastidores do musical cômico, recorda seu trabalho no espetáculo Norma e comenta sobre a sequência da novela Êta Mundo Bom! (Globo). Confira trechos editados da conversa.


Como é interpretar esse grande clássico da comédia nos palcos?
É uma delícia! A comédia tem essa magia de envolver o público, provocar risos, e ao mesmo tempo refletir sobre temas mais profundos. É sempre um desafio encontrar o ritmo certo e conectar com o público, mas também é extremamente recompensador ver que é possível fazer sessões de quarta a domingo, com algumas duplas esgotadas e o público gargalhando alto.

Como é para você fazer um musical e, sobretudo, de humor?
O musical traz uma dinâmica diferente, exige uma energia intensa para interpretar, cantar, dançar, e fazer mais de 20 trocas de roupa, e o humor adiciona uma camada extra de desafio. A gente se diverte muito, mas é uma preparação contínua para equilibrar a atuação, o canto e o timing cômico. É cansativo, o mais próximo de atleta olímpico que cheguei no meu trabalho de ator [risos].

Recentemente, você esteve no espetáculo Norma, com a Nívea Maria, que é um espetáculo que tem uma carga um pouco mais dramática. Como é para você ir do drama para o humor?
Muito enriquecedor porque as histórias são permeadas por tudo isso. Não existiria o sorriso se não houvesse a lágrima. Cada projeto exige uma entrega diferente. O drama te leva para uma imersão mais densa, enquanto a comédia traz leveza e exige precisão. Gosto de me desafiar e explorar essas mudanças, e me divirto descobrindo onde posso misturar os dois.

E você nunca para. Foi de novela para peça, agora já está em um musical. Como concilia tantos projetos?
Sim, tenho uma rotina intensa, mas é exatamente o que me motiva. Cada novo projeto renova minha energia e me oferece experiências únicas. Me sinto multifacetado e camaleônico, e essa capacidade de me reinventar é algo que valorizo muito. É um malabarismo, sem dúvida, mas a paixão pela arte e essa possibilidade de explorar diferentes facetas de mim mesmo ajudam a equilibrar tudo. Acredito que a verdadeira rotina de um ator está em se permitir essas transformações e mergulhar de corpo e alma em cada novo desafio.

Você também foi confirmado pela Globo a sequência de Êta Mundo Bom. Tem algo sobre esse projeto que você possa declarar? Houve um convite?
Infelizmente, não posso dar muitos detalhes agora, mas fico muito feliz com essa sequência. Foi um projeto incrível, e seria um prazer voltar ao universo de Êta Mundo Bom.

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