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Teatro / EM CARTAZ

Ex-bailarina do SBT, Renata Brás encarna ciumenta nos palcos: 'Um monstro'

Em entrevista à CARAS Brasil, Renata Brás relembra passado em programa de Silvio Santos e Gugu Liberato, além de comentar sobre peça em cartaz no teatro

Renata Brás ganhou o Prêmio Bibi Ferreira de melhor atriz coadjuvante por seu papel em Brilho Eterno, onde contracenou com Reinaldo Gianechine e Taina Miller - Divulgação
Renata Brás ganhou o Prêmio Bibi Ferreira de melhor atriz coadjuvante por seu papel em Brilho Eterno, onde contracenou com Reinaldo Gianechine e Taina Miller - Divulgação

Depois de sucesso em São Paulo, o monólogo tragicômico A Ciumenta, interpretado pela premiada atriz Renata Brás (48), chega ao Rio de Janeiro a partir de 7 de agosto. Em entrevista à CARAS Brasil, a intérprete reflete sobre as semelhanças da obra com sua vida pessoal e comenta sobre sua trajetória como bailarina em programas clássicos da TV brasileira.

Em A Ciumenta, Renata dá vida a uma mulher atormentada pelo ciúme, muito insegura e intensa, que está pressa em uma relação de possessividade com o marido. Segundo a atriz, a personagem gera muita identificação com o público, que entra em contato com ela pelas redes sociais para relatar casos semelhantes.

"Eu recebo muitos relatos de pessoas no meu Instagram, directs, assim, de pessoas me contando histórias, me dando dicas de como eu vigiar o namorado, o marido, contando histórias pessoais, tanto as mulheres quanto os maridos, os ex-namorados que dizem eu namorei uma possessiva, uma mulher ciumenta", comenta. 

Para Renata, essa resposta do público é motivadora: "Isso me inspira a escrever mais histórias sobre ciúmes, sobre insegurança, inclusive sobre autoestima, como melhorar isso". Com a boa recepção da peça em São Paulo, a obra também será apresentada para o público do Rio de Janeiro e a atriz afirma que está muito animada, pois sabe "o quanto é importante estar nesse local, com o público do Rio de Janeiro, que difere de São Paulo. Sei também que é uma grande vitrine para os produtores, amigos de classe".

A intérprete revela, ainda, que o monólogo está muito conectado com sua própria história e relacionamentos pessoais: "Esse meu monólogo fala, sim, de algumas experiências minhas, das minhas relações, de alguns sofrimentos que eu consegui ressignificar. Que na época foi muito dolorido e hoje, graças a Deus, superados, eu falo com muito humor e reflexão. E eu acho que as pessoas vão se divertir e também refletir", compartilha.

O tema pesado é tratado de forma mais leve com o humor, mas Renata reforça que o ciúme é um sentimento perigoso e que pode surgir a qualquer momento e em muitos tipos de relações. "Já sofri bastante por ciúmes, tanto da parte do namorado, que tinha muitos ciúmes de mim. E na época eu era muito segura, mas depois de algumas decepções e traições, idas e vindas, um relacionamento conturbado, eu me tornei uma ciumenta de carteirinha e fui fazer terapia, porque eu acabava emendando o relacionamento no outro e repetindo os padrões de ciúmes", conta.

"Não foi fácil e eu até falo isso na peça, que o ciúme é um monstro que está quietinho, adormecido dentro de mim, que basta um gatilho. E eu não posso me relacionar com quem mexe com as minhas sombras, eu quero paz". Segundo a atriz, uma das prioridades em seus novos relacionamentos é estar com quem lhe proporcione tranquilidade e paz.

A carreira na TV

Na televisão, além de participar da novela Carinha de Anjo do SBT, Renata relembra com carinho sua relação com Sílvio Santos (93) e Gugu Liberato (1959-2019). Nos dois programas, a artista atuou como bailarina e construiu uma relação de cumplicidade com os colegas de trabalho.

"No SBT, comecei como bailarina. Trabalhei com Sílvio Santos, mais ou menos um ano, no programa Hot Hot Hot! Eu era bailarina e assessora de palco, 'telemoça', ele falava. E ele me colocou um apelido, era Flor dos Trópicos.", comenta. A artista afirma que guarda o apelido com muito carinho: "Quando eu interagia, eu entregava um troféu à imprensa ou alguma coisa, ele falava: 'vem Flor dos Trópicos'. Lembro muito desse apelido carinhoso".

Renata também atuou 10 anos como bailarina do Gugu — experiência que ela revela ter sido muito importante, como uma transição de menina para mulher. "Entrei muito nova e saí mulher. Passei muito mais tempo nesses dez anos com o Gugu e com as bailarinas da produção. Era minha segunda família, dia dos pais, almoço, dia das mães, todas as comemorações que caíam aos domingos, eu estava lá ao vivo de manhã até à noite. Então foi muito marcante", contra sobre trabalho.

Um dos muitos momentos de destaque do programa recordados pela artista foi a participação do astro Jean-Claude Van Damme (63). Na ocasião, o ator internacional dançou com a cantora Gretchen (65) e o episódio ficou marcado na TV por clima quente entre os dois. "Foi uma cena especial que eu sempre lembro, foi muito engraçado. Quando o Van Damme foi ao programa, teve aquela dança que todo mundo repercutiu muito com a Gretchen. Ele ficou animadão, para não falar outra palavra, e eu estava ao lado deles. Presenciei o Van Damme dançando com a Gretchen. Animadão. Um cara que eu assistia em filmes no cinema", brinca.