Nivea Stelmann festeja novo ritmo de vida após adotar os EUA como lar
Há quase sete anos, Nivea Stelmann (49) tomou uma decisão que mudaria por completo sua vida. Diante de expectativas, incertezas e muita coragem, a atriz se mudou com a família para Orlando, na Flórida, em busca de segurança e qualidade de vida. Hoje, apesar da saudade do Brasil e de seu ofício, ela sabe que fez a melhor escolha. “Amo a tranquilidade e, ao mesmo tempo, a agitação. Tem muitas opções de diversão, tudo que a gente precisa e ainda tem a calmaria do interior”, diz ela, casada com o empresário Marcus Rocha (49) e mãe de Miguel (19) e Bruna (9).
Adaptada à rotina norte-americana, Nivea não abandonou suas raízes. “Faço questão que meus filhos falem o bom português e comemos comida brasileira. Aqui tem missa em português e mantemos nossa religião. Nós vamos a restaurantes e mercados brasileiros. O pessoal brinca que Orlando é o Brasil que deu certo. Na verdade, a Flórida em geral”, fala ela, em ensaio para CARAS.
– Dizem que a Flórida é o estado mais brasileiro dos EUA!
– Exatamente! Tem uma quantidade tão grande de brasileiros que a gente se sente num pedacinho do Brasil com toda estrutura que os EUA tem para oferecer, como segurança e educação.
– O que mais pesou na hora de decidirem se mudar?
– A qualidade de vida, fugir da violência sem punição, dar um futuro melhor para meus filhos, pagar impostos e ver o dinheiro revertido para a população...
– Em meio às adaptações, qual o maior desafio?
– O que ainda é difícil é a saudade que sinto da minha família, dos amigos e da minha profissão. E, lógico, de coisas que só o País que a gente nasce pode oferecer. Por mais que eu tenha a cidadania norte-americana, eu sou brasileira e sinto muito que o Brasil não seja mais um País seguro para morar.
– Tem vontade de voltar à TV?
– Tenho muita vontade. Morro de saudade e, agora, que sou americana não tem problema nenhum ir para o Brasil, fazer uma novela e voltar para cá. Tudo é possível, mas fico na minha. Não corro atrás. Se um dia pintar, vou. Se não vou levando minha vida aqui com a minha família, fazendo meu trabalho nas redes sociais e investindo nas empresas que montamos aqui.
– Você é muito ativa nas redes sociais. As pessoas têm curiosidade de saber como se tornar uma cidadã norte-americana?
– Muita! Sobre como vir para cá, o que fazer, onde matricular os filhos na escola, saúde, como comprar uma casa, como trazer seu dinheiro, como aprender a língua.
– Quais dicas dá para quem quer se mudar?
– A primeira coisa é procurar um advogado de imigração para que venha com o visto certo. Ficar ilegal não vale a pena e planejamento é importante. Aqui, é um país de muitas possibilidades, mas também tem que se trabalhar muito. Não é fácil.
– Você está prestes a completar 50! Como encara esse novo ciclo de vida?
– É uma idade que pesa e me faz muito reflexiva. Tenho orgulho da minha história, de tudo que conquistei, da família que formei. Tento envelhecer saudável e dando valor para a idade a que cheguei e como cheguei. Me sinto bem, feliz e completa. Tenho orgulho de cada marca no meu corpo e envelhecer com acolhimento é uma sabedoria. Gosto da paz e da maturidade que a idade me trouxe.
– Prefere a Nivea de hoje ou a Nivea de 30 anos atrás?
– Eu admiro a Nivea de 30 anos atrás. Ela tinha uma garra e uma coragem que hoje eu já não tenho. Na verdade, amo as duas, são pessoas diferentes, que têm seu valor nas fases da minha vida. Uma só existe porque existiu a outra e, se Deus quiser, a Nivea dos 80 anos vai amar muito a Nivea dos 50. Gosto das fases e tento aproveitar todas elas, com erros e acertos. Tenho o dom de me abraçar e me valorizar.
FOTOS: JOSI DI DOMENICO