Pela primeira vez na Índia, a atriz Marina Ruy Barbosa fala sobre o revés da fama, a patrulha sobre sua vida amorosa e como lida com as mentiras a seu respeito
De volta ao Brasil após uma curta passagem pela Índia à convite de grife Giambattista Valli para prestigiar a inauguração do Centro Cultural Nita Mukesh Ambani, a atriz Marina Ruy Barbosa (27) abre seu álbum de viagem para a CARAS e, em batepapo exclusivo, fala sobre a volta às novelas, de seu lado empresária à frente da Ginger e sobre o ônus e bônus da fama. No meio dos holofetes e com especulações sobre suas relações, a ruiva mostra que os anos de carreira lhe ensinaram a lidar com tudo da melhor forma.
– Como foi a viagem?
– Um dos privilégios do meu trabalho é estar sempre em movimento, conhecendo pessoas e lugares. Foi minha primeira vez na Índia. Estava com expectativa porque é um lugar culturalmente diferente do Brasil. A viagem, apesar de corrida, foi incrível. Estive com pessoas interessantes, dos mais variados cantos do mundo. Pena não ter tempo para conhecer os lugares direito.
– Como é sua relação com a moda? A viagem foi por isso...
– Eu amo a moda. A minha primeira conexão com esse universo se deu, muito cedo, por conta da minha profissão. Depois passei a entender a moda como uma potente expressão de comunicação, uma ferramenta para trabalhar a autoestima e o empoderamento. Então, cheguei em uma fase ainda mais madura, que foi a de querer trazer o meu olhar para algo que pudesse chamar de meu. Assim nasceu a Ginger. Com isso, a moda é parte do meu ofício.
– Este ano você volta às novelas. Está animada para fazer Fuzuê? Estava com saudade?
– Atuar é o meu combustível e, brincando com essa analogia, acho que eu já estava entrando na “reserva” (risos). Sinto falta do estudo, de estar no set e da relação com o público. Fazer novela tem lá os seus – muitos – desafios. É um período de entrega, disponibilidade física e emocional. Mas quando a gente ama, tudo caminha com fluidez. Quando li a história, já me senti envolvida pelo projeto.
– Você está em Rio Connection, série do Globoplay que já estreou em alguns países. Pensa em investir na carreira internacional?
– Com a chegada e popularização das plataformas de streaming, a gente já amplia o alcance do nosso trabalho. Como eu já faço alguns trabalhos lá fora, é recorrente que apareçam oportunidades, como essa viagem para a Índia. Estou aberta a bons projetos e oportunidades que enriqueçam minha trajetória.
– Que lições aprendeu sendo uma pessoa pública há anos?
– São quase 20 anos de carreira e vi muitas mudanças acontecerem nesse período. Acredito que a maior delas foram as redes sociais. Sei que não vou agradar a todo mundo e ok, mas é um processo entender toda a violência verbal que acontece nas redes. Busco priorizar o que é positivo. Acho interessante esse canal direto com os fãs. É um aprendizado.
– Quais problemas você não teria se não fosse famosa?
– Quando se é uma pessoa pública, as pessoas acham que podem falar o que quiserem de você. E também inventam muitas coisas que outras pessoas acreditam ser verdade. Acho que essa é a maior dificuldade. Lidar com as mentiras que inventam… Eu amo o que faço, mas ser uma pessoa pública já me trouxe muito sofrimento. É que na balança, não estou falando de dinheiro e fama, mas da profissão, ela ainda fala mais alto.
– As especulações sobre sua vida amorosa atrapalham qualquer possível envolvimento com alguém ou uma amizade? Como aprendeu a lidar com isso?
– O tempo todo surge algo. Eu sinto, por exemplo, que não posso ter um amigo homem porque sempre vão associar a romance. E é chato isso. Até mesmo porque, quando eu namoro, eu não escondo. Sinto como se existisse uma patrulha para saber da minha vida amorosa e não vejo essa necessidade. Sou reservada e sinto que fiquei ainda mais nos últimos anos, porque chega um momento em que é cansativo ter que explicar ou desmentir algo. Às vezes, só quero viver a vida normalmente. Entendo a curiosidade, mas não quando ela vira invasão.
– Atualmente, especulam sobre um possível affair com Enzo Celulari. Você não tem falado sobre isso. Deixou de se posicionar justamente para não alimentar esse tipo de notícia?
– Quando falo de vida afetiva, para confirmar ou desmentir, todas as outras coisas que eu digo perdem valor. Por isso, eu prefiro falar do trabalho, das coisas que são preciosas para mim.
– Nesse mundo de aparências e fofocas, o que as pessoas pensam sobre você que não é real?
– Boa pergunta… Já me preocupei bem mais com o que as pessoas pensavam. Agora, faço um exercício de focar mais em quem sou e saber que as pessoas que são importantes para mim sabem os meus valores, o que eu penso… Isso é o que importa.
FOTOS: GERMAN LARKIN; JOÃO KOPV
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