No Brasil, Maite Perroni fala do futuro da banda: ‘O RBD não vai deixar de existir até que o último coração rebelde pare de bater’
Equilibrar a maternidade com uma carreira que exige preparo físico e mental não é tarefa fácil, mas Maite Perroni (40) tira de letra! “É um desafio, mas ao mesmo tempo é o maior presente da vida. Ser
capaz de construir a minha família, ao lado do homem que amo com todo o meu coração, com uma bebê linda em nossa vida, é maravilhoso”, afirma a artista, mãe de Lía (6 meses), da união com o produtor de televisão Andrés Tovar.
Mergulhada em uma montanha-russa de emoções — como ela mesma define —, Maite se mostra uma mulher cujo coração pulsa mais forte quando os assuntos são a família e a música. Não à toa, ela saiu em turnê com RBD, grupo que a tornou uma estrela mundial, apenas três meses após se tornar mãe. “Conversava com Dulce María e ela me dizia: ‘Acho que não deu tempo de você perceber que está no pós-parto’. E acho que foi isso mesmo. Não percebi, porque não tive tempo de pensar nisso. Estava
preocupada em atingir as minhas metas para poder entrar em turnê e, ao mesmo tempo, poder dar 100% de mim para minha família e minha bebê”, avalia ela, em entrevista exclusiva para CARAS durante passagem da turnê pelo Brasil ao lado de Anahí (40), Christopher von Uckermann (37), Christian Chávez (40) e Dulce María. “A vida vai ficando mais interessante com o passar dos anos. Se você aceitar a idade que tem, o momento que está vivendo e viver no presente, vai aproveitar bem cada etapa da vida e vai ser incrível”, pontua.
– Como é estar em turnê após construir uma família?
– Estamos em uma fase plena de nossa vida, mas também de transformações e processos desafiadores, principalmente para mim, como mulher. Além disso, a turnê está cheia de amor, energia, nostalgia e de coisas bonitas que seguem nos surpreendendo todos os dias. Tem sido uma montanha-russa de emoções, mas acho que minha vida sempre foi assim na realidade. Sempre foi agitada.
– Você teve o momento de cabeça cheia, sentimentos estranhos e hormônios no pós-parto?
– Não tive tempo, porque entrei em ação imediatamente após o parto, mas é fato que nossos hormônios funcionam sozinhos e não podemos controlar. Muitas mulheres passam por essa situação e é difícil. Até porque é algo que não está nos nossos planos e não depende só de pensarmos ‘quero ou não quero me sentir assim’. É um processo hormonal e emocional complicado e que precisa ser visto,
precisa ser falado. A mulher que passa por isso precisa ser vista com empatia, precisa ser abraçada.
– Foi difícil ficar longe de Lía?
– Na primeira vez, mesmo que tenham sido poucas horas, senti tristeza, porque não queria deixá-la. Depois disso, já começamos a ensaiar. E aquelas cinco horas em que eu saía eram terríveis, porque sentia falta dela e não queria deixá-la sozinha, me sentia supermal. Mas fui vivendo esse processo e entendi que sair para trabalhar não me tornava uma mãe ruim, não estava cometendo um pecado.
– Com 40 anos e mãe, você sentiu que sua disposição para cantar e dançar na turnê mudou?
– Quando começamos a ensaiar, sim, mas eu também estava em um processo físico de muitos desafios. Tinha acabado de ter a bebê e precisava primeiro retomar meu eixo e cuidar de mim para ter saúde e voltar às atividades. Junto disso, tinha a pressão do tempo para a turnê e também tinha que respeitar a minha recuperação, que é um processo natural que leva tempo. Foi por esse conjunto que senti mais
dificuldade. Isso não teve nada a ver com a idade, mas com o momento que estava vivendo. Hoje, me sinto mais confortável, mas no começo foi difícil.
– Como se sente aos 40?
– Com o passar dos anos, a vida vai ficando melhor. Às vezes, acreditamos que à medida que crescemos, envelhecemos e perdemos coisas, mas a verdade é que você vai se transformando e a vida vai ficando mais interessante com o passar dos anos. Se você aceitar a idade que tem e viver no presente, vai aproveitar bem cada etapa da vida.
– O que mudou após ser mãe?
– Lía trouxe mudanças maravilhosas. Estamos animados e vivendo esse processo com amor e responsabilidade. Temos consciência da responsabilidade que é guiar um ser humano que acaba de chegar a esse mundo.
– E como tem sido esse reencontro com a família RBD?
– Incrível, porque somos amigos independentemente do palco. Nós compartilhamos experiências, estamos juntos e, estar em uma turnê novamente, com todos os nossos fãs — que mais do que isso,
se tornaram nossos cúmplices e amigos — é algo nostálgico. Estamos vivendo isso de uma forma mais consciente e madura.
– Com o fim da turnê no País, está ansiosa para voltar ao México?
– Estou feliz por voltar ao México, porque faz 20 anos que tudo isso começou e começou em nosso país. Estar na nossa terra nos emociona, mas ao mesmo tempo nos deixa nervosos.
– O que podemos esperar da Maite Perroni para 2024?
– Nossa turnê vai até 21 de dezembro, no México. E 2024 não sabemos o que vai acontecer. O que sabemos é que o RBD não vai deixar de existir até que o último coração rebelde pare de bater.
FOTOS: SERGIO VALENZUELA; BELEZA: ALFONSO CASTRO; HAIR STYLIST: ERICK MORENO; AGÊNCIA DE ESTILO: SET ON FASHION; AGENTE: CAROLINA PALOMO; PRODUÇÃO EXECUTIVA: MELLY RAMALHO E ASSESSORIA DE IMPRENSA: MARCO FERNANDES
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