Gustavo Tubarão teve crise grave durante treino na academia. Em entrevista à CARAS Brasil, especialista explica que não existe cura definitiva para o problema
Gustavo Tubarão (24) teve uma grave crise de pânico nesta quinta-feira, 24, enquanto treinava na academia. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o influenciador digital tem o episódio e levado para uma enfermaria para receber os primeiros socorros.
Seguido por mais de 11 milhões de pessoas nas redes sociais, ele usou seu alcance para alertar sobre a importância do cuidado com a saúde mental. Em entrevista à CARAS Brasil, Dra. Leninha Wagner, PhD em neurociências e Neuropsicologa explica que pacientes com crise de pânico costumam ter estresse acumulado, assim como traumas passados.
"Crises de pânico podem ser desencadeadas por fatores variados, incluindo estresse acumulado, traumas passados, predisposição genética e alterações nos neurotransmissores do cérebro, como serotonina e norepinefrina, que afetam a resposta ao medo e ao estresse. Em situações de alto estresse ou ansiedade, o corpo pode ativar o sistema de luta ou fuga, levando à sensação súbita e intensa de pânico, como o que Gustavo Tubarão experimentou na academia, possivelmente agravado pela falta de atividade física em dias anteriores e pelo ambiente fechado, que amplificou os sintomas", explica.
A especialista reforça que o acompanhamento psicológico para pessoas que costumam ter crises de ansiedade e pânico, como o influenciador, é indispensável. De acordo com Wagner, uma assistência especializada ajuda a diminuir episódios e a proporcionar melhor qualidade de vida.
"Pessoas com crises de pânico podem beneficiar-se de um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico regular, onde técnicas de terapêuticas e até medicação, quando necessária, ajudam a reduzir a frequência e intensidade das crises. Incorporar exercícios físicos regulares, práticas de respiração, e evitar álcool e cafeína pode também ser benéfico. Gustavo, por exemplo, relatou que uma rotina de exercícios ajudou a diminuir a frequência de suas crises, o que reforça a importância de autocuidados constantes", diz.
Apesar de ter tratamento disponibilizado em meios públicos e particulares no Brasil, a ansiedade e a crise de pânico não têm cura. "Embora algumas pessoas experimentem apenas episódios isolados, outras podem sofrer crises recorrentes. Com tratamento adequado, que inclui terapia e possíveis intervenções medicamentosas, muitas pessoas conseguem controlar e até reduzir significativamente a ocorrência de crises de pânico. Mesmo sem uma "cura" definitiva para todos os casos, é possível viver com qualidade, desenvolvendo técnicas para lidar com os sintomas e fortalecendo o controle emocional e psicológico", conclui.
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