Em entrevista à revista CARAS, Michelle Loreto comenta nova rotina após a chegada de Aurora, sua primeira filha com o jornalista Alexandre Mattoso
Ser mãe não era uma ideia que povoava a cabeça de Michelle Loreto (44). A jornalista e apresentadora do Bem Estar, na Globo, sempre foi uma mulher bastante agitada e independente, e não tinha vontade de vivenciar a maternidade com todos os seus percalços.
Qual foi a surpresa dela, então, quando, depois de apenas três meses de namoro com o jornalista Alexandre Mattoso (48), ela descobriu que estava à espera da primeira filha? "Foi um susto! Reação de espanto e desespero. Foi um único descuido", revela Michelle, em papo exclusivo com CARAS direto do Hotel Meissner Hof, em Monte Verde, Minas Gerais.
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Passado o choque, Michelle agora não desgruda de Aurora, de apenas 8 meses, e diz que ela transformou completamente sua rotina e a própria relação consigo mesma. "Estou totalmente apaixonada por ela. É a bebê mais sorridente desse mundo!", festeja.
Como foi o período da gestação para você?
Nunca planejei engravidar. Pensava em ser mãe por meio de adoção e nunca pensei em gestar. Eu tinha razão porque a gestação foi o mais difícil. Mesmo não tendo nenhum problema de saúde, foi pesado para mim. Tem quem goste de estar grávida, eu não gostei. Foi sofrido para mim, muito enjoo e cansaço. Não me achei bonita grávida, nada disso. Desde que ela nasceu estou mais tranquila. Nunca esperei encontrar na maternidade a calma e a paciência que eu não tinha.
Como foi a sua reação e do Alexandre diante da novidade?
Foi um susto. Namorávamos há três meses. Pensava o que seria dessa relação com a gravidez. Sei que filhos podem acabar com um relacionamento porque é uma pessoa que exige muito daqueles dois. Deixar de ser marido e mulher para ser pai e mãe. Mas a Aurora só completou. Ela nasceu e a minha paixão por ele aumentou. Sabia que ele faria o papel de pai. Não tinha como esse amor não aumentar. A gente se admira como pais e como casal.
Você fala com frequência sobre não romantizar a gravidez. Qual a importância disso?
A minha maternidade só me deu essa suavidade porque eu tenho um parceiro que faz o papel dele como pai e porque eu tive uma rede de apoio. Tive sorte de a Aurora ser uma criança muito fácil. Isso é um privilégio. Imagino as mães solo, que não têm ninguém para contar. É complicado. Romantizar a maternidade quando você tem uma realidade tão diferente é algo cruel.
E como foi a experiência da gravidez após os 40?
A gravidez vai ser mais pesada para uma mulher mais velha, mas se você se cuida, você minimiza os riscos. Você só tem que redobrar o seu cuidado. Gravidez de risco pode acontecer em qualquer idade. Olhando para trás e pensando na Michelle, se fosse mãe aos 20 e poucos, não estaria dizendo que minha maternidade está sendo suave. Era mais inexperiente. Hoje sou mais madura e segura. A vida se encarregou de ser bacana comigo e fazer acontecer na hora certa.
Como foi a volta ao trabalho?
É mais cansativo. Fiquei sete meses só com ela. Não tinha babá. Foi uma simbiose. É muito estranho sair e pensar em outra coisa. Mas é muito bom. A Michelle profissional tem que existir para que eu seja feliz. Eu amo o que eu faço. Voltar foi muito gostoso. Fui muito bem acolhida. Eu quero que a Aurora tenha esse exemplo, que ela saiba que trabalhar é legal, que ela queira ter sua independência.
Que outros valores quer passar para a sua filha?
Quero que ela tenha liberdade e que seja uma pessoa que tenha respeito pelos outros. Quero que ela torne o mundo um lugar melhor, que não olhe só para ela. Espero saber fazer isso. Pai e mãe sempre erram. Me redescobri aos 43 sendo mãe, sem esperar. Continuo achando que quem não quer ter filho, não tenha. Não acho que alguém só vai ser feliz quando tiver filho. Não acho que só por ter filho nunca mais estarei sozinha. Não botei uma filha no mundo para cuidar de mim. Se ser mãe não combina com você, não seja. Eu não queria e acabei tendo sorte. Deu tudo certo.