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Revista / Entrevista

Daniela Mercury reage ao projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo

Casada com Malu Verçosa há 10 anos, Daniela Mercury defende a bandeira da igualdade: ‘Todos temos os mesmos direitos’

por Priscilla Comoti
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Publicado em 20/10/2023, às 09h07

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Malu Verçosa e Daniela Mercury - FOTO: CÉLIA SANTOS
Malu Verçosa e Daniela Mercury - FOTO: CÉLIA SANTOS

A cantora Daniela Mercury reagiu ao projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo. Ela é casada há 10 anos com a jornalista Malu Verçosa e é uma defensora dos direitos iguais para todos. Em conversa na Revista CARAS, ela contou o que pensa sobre o projeto de lei.

"O nosso casamento inspira essa mudança de comportamento. O movimento LGBTQIAP+ tem muitos anos de luta e a gente se somou a isso. Todos temos os mesmos direitos e isso já foi conquistado. O que acontece agora com a tentativa de proibir o casamento igualitário é a demonstração de um grupo que não aceita a Constituição. Os pensamentos de direita historicamente predominam, mas nossa Constituição não permite retrocesso de direitos", disse ela. 

Então, ela ainda contou sobre a importância de usar a sua arte como voz de empoderamento. "Meu trabalho não se desassocia da luta pelos direitos humanos. Sempre quis empoderar a população brasileira. Sempre fui uma artista politizada. Eu nunca fiz política partidária, mas a vida inteira fiz pontuações sobre a vida política, sobre a luta da sociedade civil. Exigir que os governos abracem essas pautas e lutar para que os estados cumpram com as políticas públicas", contou. Leia a entrevista completa aqui

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Daniela Mercury já desabafou sobre o etarismo

Em entrevista recente no programa Roda Viva, da TV Cultura, a cantora Daniela Mercury falou sobre o que pensa do etarismo – conceito que define a discriminação pela idade. Aos 57 anos de vida, ela alfineta este tipo de preconceito. “Antes de qualquer coisa, essa questão do etarismo tem muito a ver com o machismo”, disse ela.

Eu não vejo falando que os homens estão velhinhos. Os homens ficam mais charmosos e a gente desimportante”, contou. Logo depois, ela refletiu sobre o impacto do envelhecimento em sua carreira musical, já que chegou a se questionar até quando iria cantar e dançar no palco.

“Eu achei que com 30 e poucos anos eu não ia conseguir fazer muita coisa no mundo pop e fui estranhando. Não sabia como o mundo ai reagir ao meu trabalho, ao meu envelhecimento. Não tinha a expectativa de ter uma carreira longeva e nem de estar em cima do trio dançando. Eu fiz 50 anos e disse: 'agora não vai dar mais'. Eu fiz 51, 52, 57 e estou aqui! A gente vai entendendo a idade. O preconceito é horrível”, desabafou.

Apesar de ter a sua carreira de sucesso e ser reconhecida por seu talento em diversas áreas, Mercury revela que viu o impacto da idade em seu trabalho. “Eu acho que há sim uma diminuição de espaço, não vou fingir que não acontece. Eu não reclamo porque não sou uma pessoa de reclamar. Você vai escolhendo quais as lutas que você encara. Como eu sempre fui de MPB, eu transito em vários espaços. A dança realmente é parte, eu preciso dançar. Eu fui testando”, contou.