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Chegada dos 50 anos renova Fátima Bernardes

Cheia de novidades na TV e na vida, Fátima Bernardes vence temores e não quer saber de acomodação

Redação Publicado em 04/09/2012, às 11h29 - Atualizado em 05/09/2012, às 03h07

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Em Angra, ela relaxa às vésperas do aniversário, dia 17. - Marcio Nunes
Em Angra, ela relaxa às vésperas do aniversário, dia 17. - Marcio Nunes

No dia 17, Fátima Bernardes, celebra 50 anos com fôlego e garra de iniciante. Chega à idade reescrevendo sua trajetória em uma fase em que as pessoas não apreciam mudanças radicais. Afinal, para comandar o matinal Encontro com Fátima Bernardes, no ar há pouco mais de dois meses, ela deixou o Jornal Nacional, onde estava há 14 anos na companhia do marido, William Bonner (48), pai dos trigêmeos Laura, Vinícius Beatriz (14). “Estava muito calma, mas tinha medo. Da tranquilidade para a acomodação pode ser um passo pequeno e rápido. Não queria isso. Nada melhor do que uma novidade para você se sentir com vitalidade, disposição e desejo de aprender. Tinha a ver também com o fato de estar completando 25 anos na Globo, uma data simbólica que podia aproveitar para iniciar um novo caminho. Minha estrada na Central Globo de Jornalismo terminou. Começo na área de entretenimento, mas sempre misturado com jornalismo”, ponderou, no Hotel Portobello Resort & Safári, em Mangaratiba, RJ. A nova idade também não assusta. “Estou em plena fase produtiva. Hoje, usufruímos da medicina. Me sinto muito bem e feliz. Estou chegando da melhor forma que podia, fiz minha parte”, celebrou.

– Vai dar uma grande festa?

– Não será possível, vai cair em uma segunda, então vou trabalhar e depois jantar em casa, dormir cedo porque no dia seguinte tenho que acordar seis da manhã para trabalhar. Sou muito caxias.

– Como avalia o programa?

– São dois meses no ar, mas me envolvi no projeto desde outubro do ano passado. O ritmo é bem diferente de telejornal, então, todo dia, sinto que aprendi algo. Era o que mais queria. Estou contente e trabalhando muito.

– Mais do que na época do JN?

– Por mais que tenha uma equipe, que delegue, para o programa estar a minha cara em época de formatação, preciso estar presente. Participo de tudo. E quando chego em casa revejo o que foi ao ar. Mas estou feliz porque agora consigo jantar com as crianças, o que nunca pude fazer durante 14 anos.

– Criou-se uma grande expectativa, mas a audiência não correspondeu. Como reage a isso?

– Vamos ter um período de adaptação, a Globo tinha ali há 40 anos uma programação infantil. Oferecendo um produto de qualidade, como faço, vai melhorar.

– Não sente falta do JN?

– Dos amigos, mas amadureci muito a ideia. Imagina em uma empresa como a Globo, com uma grade estabelecida, você conseguir abrir espaço para fazer uma experiência. Então, não dá para sentir falta. E continuo recebendo o mesmo carinho. Concluí um ciclo.

– Seus filhos fazem 15 anos mês que vem. Como eles transformaram a sua vida?

– Totalmente, sempre pensamos em primeiro lugar neles. E depois que entram na escola e aprendem a ler, tudo passa muito mais rápido. Aí chega a hora em que você conversa de igual para igual. Não tenho queixas. A adolescência está chegando muito tranquila. Não é uma questão de estar tomando conta, temos uma parceria. Saimos muitos juntos, mas tem momentos, festas, sociais, que não vamos de jeito nenhum. É deles.

– Qual fase mais trabalhosa?

– A preocupação muda. E depois que você tem filho, não vive sem ela. Meus pais até hoje ficam preocupados. É natural. Agora, o trabalho braçal, de dar os primeiros conceitos, ensinar a ser bom aluno, a se comportar, foi mais trabalhoso. Hoje mais olhamos e administramos o que está feito.

– Quem foi mais rígido?

– A gente se alternava. Tinha mais disponibilidade para ver as questões da escola e tudo. Mas acho que equilibramos bem.

– Eles desejam ser jornalistas?

– Nenhum deles falou ainda que gostaria de ser tal coisa.

– E qual o segredo da união?

– Completamos 23 anos em fevereiro. Quando você encontra a pessoa pela qual se apaixonou e tudo funciona, sua vida vai. É respeito, admiração pela forma como o outro se comporta e conduz a vida pessoal, a carreira, educa os filhos. Isso ajuda a alimentar. Sempre fomos muito parceiros. 

– E quem é mais romântico?

– São fases. De vez em quando gosto de surpreender, ele também. Mas acho que William é mais.

– O que destaca nos 50 anos?

– A família que construí e o fato de trabalhar naquilo que escolhi aos 17 anos. É um privilégio viver de sua profissão, sempre, seja ela qual for, sendo feliz no que faz.