Dona de múltiplos papéis, Bianca Rinaldi fala de maturidade, família e novo projeto: ‘Estou em um momento de olhar mais para mim, vou fazer 50 anos!'
Com 34 anos de carreira artística, Bianca Rinaldi (49) contabiliza inúmeros papéis nas telinhas. O melhor de todos, no entanto, não está na ficção, mas na vida real: o de mãe. “A maternidade te faz acessar uma felicidade impalpável, sem limites. A alegria que tenho em ser mãe é tão grande que, às vezes, esqueço de mim! E isso é um problema, porque não é que abdico da minha vida, é algo que me dá prazer”, fala a atriz, mãe das gêmeas Sofia e Beatriz (14), da feliz união com Eduardo Menga (71). “Hoje, estou em um momento de olhar mais para mim, para meu marido, para a gente, vou fazer 50 anos!”, emenda ela, no ar com a novela A Infância de Romeu e Julieta, do SBT. “É sempre bom estar perto da juventude, eles têm frescor, leveza e a gente acaba adquirindo isso”, comenta Bianca, que contracena com jovens talentos.
– Você falou sobre a chegada dos 50 anos. Preparada?
– Estou aprendendo a lidar com isso e não sou do tipo que tudo é fácil! Trabalho com a imagem há anos e é um aprendizado lidar com essa mudança que não é para cima, é para baixo, contra a gravidade (risos). Não é uma questão de aceitação, porque eu aceito, mas sim uma questão de mudança: não vai ter mais aquele rostinho bonito, sem rugas. A idade traz dois lados: a maturidade mental, que é muito positiva, e a física, que temos que aprender a lidar.
– Já teve que encarar cobranças por conta da imagem?
– Eu já me cobrava o suficiente, não dava tempo de as outras pessoas me cobrarem. Sempre me cobrei muito. Hoje, tenho maturidade para isso. Uso maquiagem só quando necessário, porque não quero perder meu lado natural. Filtros de fotos, por exemplo, acho prejudicial para as novas gerações, pois elas se esquecem de se apreciar, se amar e se encontrar dentro daquilo que são.
– Por falar em gerações, suas filhas estão na adolescência...
– A gente precisa aprender a ser mãe de adolescente. Quando os filhos são pequenos, a gente tem o domínio e estipula o que é certo e errado. Na adolescência não! Os pais precisam aprender a respeitar os filhos e a forma como eles estão marcando o seu território. Você afrouxa, mas puxa se precisar.
– Em algum momento as meninas quiseram seguir nas artes?
– Não! O esporte entrou cedo na vida delas, por influência minha e do pai, mas elas me apoiam em tudo. Somos grandes amigas.
– A adolescência das meninas te inspirou a criar um podcast! O que pode adiantar?
– Vamos lançar no ano que vem! Veio justamente da necessidade de me sentir amparada nessa fase delas. Fui atrás de informações e há uma lacuna sobre essa fase. Acho que a minha experiência e a de colegas pode ajudar nessa troca. Com tudo isso, vem outros mil assuntos, família, relacionamentos, diversidade, idade.
– São 34 anos de carreira. Que balanço faz desse período?
– Houve um amadurecimento e o ganho da tranquilidade na hora de exercer a profissão, de atuar. No começo, não gostava de me ver e, hoje, tenho discernimento para saber se está ou não bom.
– Na profissão, o que ainda tem vontade de fazer?
– Um monólogo. Acho que estou amadurecida para fazer isso, só não sei sobre o que eu falaria. Também quero fazer mais cinema. Sou uma pessoa realizada com todos os trabalhos que já fiz e me sinto privilegiada, mas não é por isso que não quero fazer e descobrir novas coisas.
– Tem um grande sonho?
– O maior sonho da minha vida era construir minha família e, profissionalmente, sou muito feliz até aqui, mas claro que quero mais, seja no cinema, teatro ou na TV. Quero ver minhas filhas felizes no caminho que elas escolherem, acho que todo pai e toda mãe quer isso. Eu e Eduardo também queremos viajar mais, curtir a vida!
FOTOS: PAULO SANTOS; BELEZA: STUDIO RELCE
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