Após brilhar na novela Pantanal, Paula Barbosa colhe frutos de sua dedicação e retoma carreira musical
Descanso, reencontro com a família e a paz de um cruzeiro em classe de alto luxo. Assim foi uma parte das merecidas férias de Paula Barbosa (36) após brilhar como Zefa, da trama global Pantanal, ao lado do eleito, o produtor musical e empresário Diego Dalia (39), e do filho, Daniel (6). “Viajamos juntos desde que o Dani era pequenininho, ele já está acostumado. E aqui, no navio, foram momentos mágicos em espaços lindos e privados”, diz Paula, que viveu a exclusiva experiência do Yacht Club, a bordo do MSC Preziosa.
Ainda com o mega-hair da personagem, Paula aproveitou o tour para estreitar laços com a família, afinal, a saudade marcou presença durante as gravações da novela, em especial, nos quase 40 dias em que ficou longe, em uma das viagens ao Pantanal. “O sinal não era bom para a gente conversar e ainda tinha o filho pequeno pedindo para eu voltar. Ficava com o coração apertado, mas não tinha o que fazer. Eu também sentia falta, ficava com vontade de estar com eles, embora estivesse vivendo um momento especial. E o Diego entendia e respeitava isso. Foi difícil ficarmos distante. Ele ficou meio sozinho tocando a nossa casa, a rotina do nosso filho e foi um parceiraço. E me dizia: estou aqui cuidando de tudo. Aproveita e se dedica”, relembra a atriz, abordada por fãs da proa à popa do transatlântico.
– Como Diego reage diante da abordagem de tantos fãs?
– Vendo tudo que eu estou colhendo agora, ele fica muito orgulhoso. Quando estou com ele, os homens pedem, com todo respeito, para tirar uma foto. Ele virou o fotógrafo do rolê, porque todos pedem para ele tirar a foto!
– Ainda falam da Zefa na rua?
– Agora não é mais a Paula, é a Zefa. E ouço de tudo: ‘sua linguaruda, sua fofoqueira’. E, automaticamente, olho na hora, mas é uma abordagem divertida, porque foi uma personagem leve. E também já ouvi coisas como ‘mas você é muito intrometida, menina’ ou, então, ‘ela falava o que todo mundo queria dizer’.
– Ainda te pedem para cantar Cavalo Preto?
– Ah, sempre pedem para cantar. No início das férias estávamos na praia e pediram. O curioso é que esse não é o estilo musical que estou acostumada a cantar, mas na novela estava ali abraçada pelo Gabriel Sater, pelo Guito e pelo Almir. Também cantei Cavalo Preto no É de Casa, e Tocando em Frente no Altas Horas.
– Você já tem um CD lançado, pretende investir na sua carreira de cantora?
– Minhas músicas surgiram porque eu quero ser uma artista completa. Poder atuar, cantar, dançar e alcançar diversas vertentes do trabalho de atriz. Estou nessa busca, retomando meu lado cantora. Preparando novidades!
– Você é filha, sobrinha e neta de escritores. Também escreve?
– Como não sou uma escritora e não tenho a obrigação de entregar um trabalho, tenho meus momentos de inspiração. Sem esse compromisso a coisa flui. Às vezes, acordo com uma ideia, levanto e escrevo logo. Mas foi quando estava na Faculdade de Artes Cênicas, aos 18 anos, estudando intensamente, que me inspirei e comecei a escrever. E saiu o roteiro de um curta. Hoje, tenho mais um curta, um longa e uma peça de teatro, além das minhas composições. Sou mais letrista. De vez em quando, surgem umas melodias, que vou desenvolvendo com o Diego.
– Há cobranças por ser neta do Benedito Ruy Barbosa?
– No meu primeiro trabalho, quando fiz a Edith, na novela Paraíso, em 2009, senti mais. Era muito nova, muito ansiosa, mas entendo. E meu avô me preparou para esse momento. Graças a ele, eu estudei muito, procurei estar segura para quando chegasse a hora de saber que dava conta, para poder lidar com isso e ir lá mostrar meu trabalho. Faço teatro desde os seis anos de idade, na escola. E quando disse que queria ser atriz meu avô foi um dos que falou não. Depois, entendi a preocupação dele, que sabia a dificuldade nos altos e baixos da profissão e ainda tinha a preocupação de virem para cima de mim por ser neta dele.
– Pensou em desistir?
– Acabei me questionando nessa época e me permiti experimentar outras coisas. Então, fiz dois anos e meio de Direito, estagiei no TRF, fiz Fonoaudiologia e até curso de estética, mas tudo me levava de volta ao teatro. Tudo isso foi muito importante para eu ter certeza do que realmente eu queria.
– Como descobriu a sua veia empreendedora?
– Foi depois que tive meu filho. Por causa dos altos e baixos da carreira, resolvemos pensar em algo que nos desse segurança e estabilidade. Pesquisamos possibilidades. Em 2017, surgiu a oportunidade de uma loja da Cia Marítima e decidimos investir. Fomos aprendendo tudo na raça. Nós ainda abrimos uma franquia da Arranjos Express.
– É vaidosa?
– Não tinha uma relação com a moda, mas por conta da loja, estou mais atenta. Mas confesso que sou bem desregrada nesse sentido. Cuido da minha pele por causa da saúde, mas não sou refém de tratamentos. Eu repito roupa e você não vai me ver maquiada toda hora. Eu ia de pijama ao mercado! Academia? Eu até tento, mas não consigo pegar prazer. Como de tudo, mas tenho noção de quantidade.
FOTOS: MARCOS SALLES; ASSISTENTE: MÁRCIA SALLES; AGRADECIMENTOS: CIA MARÍTIMA