O casamento da Rainha Elizabeth II com o príncipe Philip foi o mais duradouro da coroa britânica e chegou ao fim em 2021
Em 20 de novembro de 1947, boa parte dos olhares do mundo se voltou para as notícias vindas da Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra. Naquele dia, a então princesa Elizabeth, herdeira do trono britânico, casou-se com o tenente da Marinha Real Philip Mountbatten. Ela usou vestido de seda de mangas compridas com aplicações de cristais e pérolas. Na cabeça, coroa e véu. Para se unir à futura rainha, Philip renunciou à sua cidadania grega e se naturalizou britânico, abandonou a Igreja Ortodoxa grega e virou anglicano, e ainda abriu mão dos títulos que possuía no berço da civilização ocidental para
ganhar os do Reino Unido, acabando por se tornar conhecido como o marido da rainha em 6 de fevereiro de 1952, quando Elizabeth II assumiu o trono deixado por seu pai, o rei George VI (1895–1952). Por conta do matrimônio, ela concedeu a Philip títulos como Sua Alteza Real, príncipe e duque de Edimburgo.
Philip e Elizabeth II eram primos de terceiro grau e se conheceram ainda jovens: na época, ela tinha 13 anos e ele, 18. O primeiro encontro aconteceu em visita oficial que o pai de Elizabeth fez à escola de Dartmouth. Elizabeth o acompanhou, ao lado de sua mãe e sua irmã, Margaret (1930–2002). Ao passarem pelo Britannia Royal Naval College, Philip — que na época era cadete — ficou responsável por entreter as duas princesas. Logo depois, eles começaram a trocar cartas e se apaixonaram. Os monarcas foram casados por 73 anos e, juntos, formaram uma sólida família. Com a morte de Philip, o casamento mais duradouro de toda a família real britânica chegou ao fim em 2021. Na Inglaterra, bandeiras a meio mastro simbolizaram o vazio deixado por seu lugar. Elizabeth II perdeu, assim, a sua metade. Ao lado da rainha, o príncipe Philip aproximou a monarquia dos súditos e cumpriu com diligência o seu papel ao longo de mais de sete décadas.