Harry tinha apenas 12 anos quando Lady Di morreu em acidente de carro em Paris
Publicado em 30/08/2023, às 15h39
O príncipe Harry revelou por que só conseguiu “sentir e chorar” a morte de sua mãe, a princesa Diana (1961-1997), 16 anos depois do acidente de carro que a vitimou. O caçula de Charles falou sobre seus sentimentos em torno da perda da mãe na série documental ‘Heart of Invictus’.
A produção é centrada em problemas de saúde mental em militares com vivências em contextos de guerra. O príncipe teve duas passagens pela Guerra do Afeganistão (2001-2021).
Harry tinha apenas 12 anos quando a mãe dele morreu em Paris. No quarto episódio da série recém-lançada, ele disse que só conseguiu compreender seus sentimentos e o real significado para ele da morte da mãe 16 anos depois do ocorrido.
“Eu tive um momento da minha vida que não compreendia isso, mas o trauma pela perda da minha mãe aos 12 anos me fez passar todos esses anos sem [expressar] emoções, incapaz de chorar e sentir”, afirmou o duque.
“Só muito tempo tempo depois, aos 28 anos, houve uma circunstância que fez algumas lágrimas caírem, foi como se alguém me sacudisse e tudo viesse à tona… Aí foi caos. As minhas emoções se espalharam para todos os lados e eu só conseguia pensar, ‘como eu controlo essa porcaria?’”.
Ele concluiu sobre o tema dizendo: “Fui do nada para um monte de coisa, aí precisei de um contêiner para me abrigar, com a tampa aberta. O meu terapeuta disse, ‘é você que escolhe o que pode entrar, o resto deve ficar de fora’”.
A série documental também foi marcada por uma nova alfinetada de Harry em seus familiares membros da realeza britânica. Harry disse não ter recebido o devido suporte de sua família quando voltou para casa após suas passagens pelo Afeganistão.
“Eu não tive o suporte e a estrutura, os contatos ou o auxílio de especialistas para compreender o que estava acontecendo comigo”, disse o príncipe sobre seus traumas decorrentes de suas vivências durante o conflito no Afeganistão.
“Infelizmente, como acontece com a maioria, você só passa a considerar a terapia quando já está caído no chão em posição fetal, arrependido por não ter encarado antes algumas dessas questões. É isso que gostaria que mudasse”, finalizou.