Nesta terça-feira, 26, Tina Turner completaria 85 anos; artista já tentou suicídio, sofreu abusos e deu a volta por cima
Publicado em 26/11/2024, às 14h30 - Atualizado às 14h31
Nesta terça-feira, 26, Tina Turner estaria completando 85 anos. A artista morreu de causas naturais, pacificamente, em sua casa em Küsnach, na Suiça, em 2023. Sua história é marcada por uma difícil infância, relacionamentos abusivos, tentativa de suicídio e volta por cima.
Na ocasião de sua morte, sua equipe emitiu um comunicado no perfil da cantora nas redes sociais: “É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música. Toda a nossa sincera compaixão vai para a família dela. Tina, sentiremos muito sua falta”, dizia o comunicado.
Querida por uma legião de fãs do mundo todo, Tina Turner foi apelidada por muitos anos como a Rainha do Rock and Roll, marcando gerações com enormes sucessos como What’s Love Got to Do with It, The Best, We Don’t Need (Another Hero) – trilha do filme Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão, em que Tina deu vida à inesquecível Aunty Entity.
Juventude conturbada
Tina Turner nasceu em 1939, em Nutbush, Tennessee, e enfrentou uma infância difícil com a dislexia não diagnosticada e a pouca interação afetuosa com sua mãe. Em seu primeiro livro, lançado em 1986, o I, Tina, a artista revelou momentos assustadores que passou durante a juventude, em que foi casada com Ike Turner, ela descreveu seu casamento, que durou 16 anos, como um “inferno dantesco", e relatou abusos constantes.
Carreira e tentativa de suicídio
Tina começou a sua carreira aos 17 anos e despontou sucessos inesquecíveis. Mesmo vivendo os abusos vindos de seu marido Ike, que controlava seu dinheiro, carreira e era extremamente agressivo, ela conseguiu se destacar em projetos como a música River Deep - Mountain High, além de ter atuado no filme Tommy, em 1975.
Durante seus anos de muito sucesso, a artista fazia uso de maquiagem para cobrir as marcas das agressões realizadas por Ike, e em 1968 tentou suicídio. Ela só conseguiu se libertar da relação abusiva em 1976 e chegou a precisava iniciar a sua carreira do zero, se apresentando em clubes menores, até ser impulsionada por David Bowie.
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Tina se tornou uma das artistas mais completas da música, ganhando inúmeros prêmios e fazendo história, além de inspirar cantores como Beyoncé, Janet Jackson e Mick Jagger.
Seu álbum de maior sucesso veio em 1983, quando assinou com a Capitol Records e lançou seu quinto álbum, o Private dancer, em 1984. O projeto vendeu mais de 5 milhões de cópias nos Estados Unidos, e outras 11 milhões no resto do mundo, alcançando a terceira posição na Billboard 200, dos EUA, e a consagrou como uma das maiores artistas de todos os tempos.