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Advogada Dra. Raquel Fernandes mostra que o verdadeiro empoderamento é que faz justiça

Referência em Direito de Família e Criminal, na defesa do Direito das Mulheres, ela une acolhimento e técnica para conduzir mulheres à autonomia e ao rompimento de ciclos de violência

TV Notícias Assessoria de Imprensa Publicado em 04/04/2025, às 19h13

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Da formação jurídica ao enfrentamento do patriarcado: a origem da advogada das mulheres.  Acumulando duas décadas de atuação jurídica, antes de se tornar um nome nacionalmente conhecido como “Advogada das Mulheres”, a mineira Dra. Raquel Fernandes, inicialmente, atuava no Direito Empresarial. Formada há 21 anos, começou sua carreira em uma grande empresa familiar, na área da construção pesada — ambiente majoritariamente masculino que a fez perceber o quanto o mundo ainda era hostil para as mulheres. Jovem e determinada, precisou mudar sua aparência e sua postura para ser respeitada: “Usei óculos sem grau, mudava o cabelo, engrossava a voz. Tudo isso para ser ouvida de igual para igual. Hoje, isso tudo virou quem eu sou.”

Criada em um lar feminista, sem figuras machistas e com o incentivo à igualdade de gênero, Dra.Raquel teve um despertar quando entrou no mercado de trabalho. Foi ali que compreendeu que sua missão era muito maior do que representar empresas: ela queria transformar realidades. Desde a infância, carregava o desejo de lutar por justiça. Queria ser uma super-heroína, como a Tempestade dos X-Men, pois o seu desejo por justiça era latente. Ao ouvir do pai que superpoderes não existiam, foi orientada por ele que deveria seria advogada. A formação vocacional apontava para carreiras como Direito, Jornalismo e História – todas ligadas à construção do pensamento crítico e à luta por direitos.

Com o tempo, percebeu que não bastava advogar. Era preciso entender o funcionamento do patriarcado, o comportamento masculino e as bases que sustentam a desigualdade de gênero. Estudou feminismo, psicanálise e se aprofundou nas raízes sociais e históricas da opressão. “Eu sou uma mulher brava, impositiva, questionadora. E percebi que precisava ser ainda mais. Mudar era necessário para me posicionar e defender mulheres oprimidas há anos.”

Direito, escuta e resistência: como o acolhimento se torna ferramenta jurídica

Nos atendimentos relacionados a divórcios, guarda, pensão alimentícia, violência doméstica e violência psicológica, Dra. Raquel adota uma postura transformadora. Mais do que vencer uma ação judicial, seu objetivo é resgatar a autoestima, a autonomia e a consciência de suas clientes. “Não adianta fazer um divórcio brilhante se ela sair daqui e entrar em outro relacionamento abusivo. A cura começa com a reconstrução de quem ela é.”

Por isso, muitas vezes, o processo jurídico só começa após o início de uma jornada emocional. “Na primeira consulta, eu pergunto: você está fazendo terapia? Se não estiver, a gente não começa o divórcio.” Em alguns casos, o estado emocional da mulher exige ainda mais cuidado. “Já atendi cliente que chegou sem cabelo. Ela não se via mais como mulher.”

A atuação se dá em múltiplas camadas: jurídica, psicoemocional, social e pedagógica. Desde o uso de linguagem acessível até orientações práticas sobre como responder a mensagens de ex-companheiros, tudo é pensado para conduzir a mulher a um novo lugar de existência. “Meu trabalho é fazer com que ela não precise mais de mim.”

O escritório, formado exclusivamente por mulheres, funciona como um centro de acolhimento e estratégia. Protocolos próprios – como o uso de emojis de sirene para sinalizar emergências – fazem parte da rotina. “Aqui, tudo é importante, mas nem tudo é urgente. E quando é urgente, a gente precisa estar pronta.”

Dra. Raquel também reconfigura conceitos que frequentemente são usados para silenciar mulheres, como a alienação parental. “Nunca tive cliente condenada. O problema não é a lei, são os advogados que não orientam. O Direito de Família exige mais do que petições e dizeres jurídicos. Exige cuidado, atenção e orientação para cada mulher em especial, pois cada situação é única e personalizada.” Em suas palavras, um processo de guarda ou convivência não pode ignorar que há uma mulher tentando sobreviver. “Tem mãe que não tenho tempo para tomar um banho, muito menos para seu cuidar. Esse filho precisa conviver com o pai, para que essa mãe, também tenha o direito de viver com o mínimo necessário de dignidade e tranquilidade.”

No Direito Criminal, Dra. Raquel defende o fortalecimento das legislações existentes, como a Lei Maria da Penha e os novos projetos que equiparam a violência doméstica reiterada à tortura. “Essa violência é uma tortura cotidiana. E, às vezes, os danos oriundos da violência doméstica e de um relacionamento abusivo são irreparáveis.”

Judiciário, redes sociais e representatividade: a voz de uma advogada que não se cala

Dra. Raquel reconhece avanços institucionais em diversos estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas também denuncia retrocessos graves. “Tem juiz que cita até autores ingleses e a Bíblia para proteger a vítima. Isso é sensibilidade.” Ao mesmo tempo, outros estados de grande importância podem ser considerados como um massacre de mulheres.

Nas redes sociais, seu conteúdo viraliza porque informa com afeto e clareza. Fala sobre leis, mas também sobre autoestima, relações afetivas, independência e liberdade. “Falo de violência, mas também falo de rotina, alimentação, corpo. Tudo isso faz parte de sair de um relacionamento abusivo.” Já foi processada, ameaçada e atacada, mas não se cala: “Tudo vira aprendizado. E quando uma mulher me diz que começou a caminhar ou voltou a estudar por minha causa, eu vejo que estou no caminho certo.”

Multiplicar consciência: mentoria, projetos e o futuro de uma causa

Com atuação nacional e uma agenda intensa, Dra. Raquel prepara a criação de uma mentoria voltada a advogadas que desejam unir técnica, escuta e visão de mundo. “Quero formar profissionais que acolham. Que saibam orientar e conduzir processos sem deixar a humanidade de lado.”

Também planeja um projeto com a psicóloga Rafa Avena, do perfil Quarentamos, voltado ao empoderamento de mulheres com mais de 40 anos. Palestras, workshops e rodas de conversa estão entre os formatos pensados para ampliar o alcance de sua mensagem. “É um projeto rascunhado com carinho. Mas a mentoria vem primeiro, porque depende só de mim.”

Dra. Raquel é categórica sobre a origem da verdadeira mudança: “A melhor e mais eficaz arma contra a violência é o empoderamento feminino.” Em sua visão, não basta existir lei, rede de apoio e boas intenções. A mulher precisa se ver como protagonista. “A mulher que se enxerga e se valida é imparável. E é por elas que eu acordo todos os dias.”

Instagram: @draraqueladvogadadelas
Site: https://advogadadelas.com.br