Em coletiva de imprensa, Pedro Neschling abriu o jogo sobre Eriberto, seu personagem em Renascer, o retorno à TV e refletiu sobre inclusão
De volta às novelas após 11 anos, Pedro Neschling (41) encara um personagem inédito para o remake de Renascer. O ator explica que não assistiu à versão original de Benedito Ruy Barbosa (92), exibida em 1993, mas que isso não o prejudicou no processo da novela.
"Não faria tanta diferença [assistir] porque eu interpreto um personagem especificamente que não existia, é praticamente um personagem inédito", diz Pedro Neschling, em coletiva de imprensa da qual a CARAS Brasil participou. "Se eu fosse assistir seria por curiosidade mesmo, mas estou tão apaixonado por essa leitura atual que prefiro mergulhar nesse universo."
Na releitura, ele interpreta Eriberto, sócio de José Venâncio (Rodrigo Simas) que se apaixona por Eliana (Sophie Charlotte) e tenta conquistá-la desde o início da trama. Para o ator, não será problema o público enxergar seu personagem como talarico.
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"[Eriberto] Ele é talarico [risos]. Mas, ele é honesto para caramba, não esconde", diz. Apesar da animação, Neschling também diz que a novela o trouxe um frio na barriga, como se estivesse interpretando sua primeira trama.
"[Mas], pela primeira vez na minha vida, estou curtindo todo o processo, quando eu era mais novo eu ficava muito nervoso", completa. "Nesse tempo em que estive afastado como ator, estive dedicado aos bastidores. Escrevi filmes, novelas como Salve-se Quem Puder... Na verdade, eu nem me imaginava fazendo novelas de novo como ator. Esse convite caiu do céu."
O artista ainda aproveita o momento para levantar um assunto importante, sua surdez. "É quase um alívio [falar sobre isso], eu sou surdo praticamente a vida inteira. Descobri com 18 anos e só com 30 anos comecei a usar os aparelhos auditivos."
"[Eles] me ajudam a estar em um ambiente como esse, a trabalhar melhor e ter uma vida social muito mais confortável. No Brasil, ainda estamos tão longe de ser uma sociedade que preste atenção nas pessoas com deficiência e eu sinto quase uma obrigação de falar sobre isso."
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