Lançando seu segundo álbum solo 'Nos Arcos da Lapa', Péricles avalia sua carreira. 'Meu maior desafio era saber até onde poderia ir sem o auxílio luxuoso do Exaltasamba'
Um ano após o lançamento de seu primeiro CD em carreira solo, Péricles lança no mercado seu segundo álbum, Nos Arcos da Lapa. Mas desta vez, com a tranquilidade de quem não é mais um estreante. "Hoje eu vejo que as pessoas gostam dessa nova versão do Péricles", conclui o cantor, que se despediu do Exaltasamba em março de 2012.
Gravado no Rio de Janeiro, Nos Arcos da Lapa faz uma homenagem ao pagode dos anos 90. "O primeiro tinha uma coisa mais de realização pessoal. Quis fazer com que todas as pessoas se sentissem na sala da minha casa quando eu pego o violão e canto", conta à CARAS Online. "Esse segundo é muito mais abrangente. O público quer novidades, mas também é saudosista. A gente tem que saber lidar com essa matemática".
No dia em que se comemora o Dia do Samba, o cantor fala sobre o bom momento do gênero e avalia as decisões que tomou em sua carreira.
Confira a entrevista:
No dia 2 de dezembro comemora-se o Dia do Samba. Você acredita que o samba está valorizado ou ainda não como deveria?
O samba está valorizado sim. De três anos pra cá o samba teve uma super valorização no que diz respeito a execução, ao melhor respeito... Vejo isso muito de perto. O samba hoje vive seu melhor momento.
A que se deve isso?
São vários fatores, as pessoas hoje em dia olham o samba com o respeito devido. O profissional do samba também procura fazer a coisa de uma maneira melhor vista. Ele se profissionalizou e leva seu trabalho mais a sério, digamos assim. Com melhor luz, temas melhores abordados. O sambista faz com que o produto samba seja melhor aceito. Isso faz com que as pessoas queiram saber mais e o samba vai para rádios.
Neste segundo álbum a cobrança é menor ou maior em relação ao primeiro trabalho solo?
Cada CD é uma cobrança diferente. Minha intenção no primeiro era mostrar para as pessoas a minha maneira, como eu gostaria que vissem meu trabalho. O segundo trabalho também vai no caminho da afirmação. De querer sempre que seja melhor visto, que deem atenção devida. É a vontade de se firmar no mercado e também no coração dos fãs.
A aceitação dos fãs foi como você esperava?
Foi muito melhor. Hoje eu vejo que as pessoas gostam dessa nova versão do Péricles. Vão aos shows, fazem questão de comprar os discos, ouvem as músicas. Estou muito feliz com esse momento.
Neste novo CD você az uma homenagem ao pagode dos anos 90. Como surgiu a ideia?
O primeiro tinha uma coisa mais de realização pessoal. Queria mostrar a minha maneira de cantar. Juntei tudo numa coisa só. Prestei uma homenagem ao Carica e ao Prateado, era um repertório muito próximo pra mim. Quis fazer com que todas as pessoas se sentissem na sala da minha casa quando eu pego o violão e canto. Esse segundo é muito mais abrangente, é uma homenagem a quem chegou primeiro que a gente, como Grupo Raça, Só Preto Sem Preconceito. Vamos mostrar as músicas novas também porque o público quer novidades e ao mesmo tempo é saudosista. A gente tem que saber lidar com essa matemática.
Quando você faz uma avaliação de suas escolhas até aqui. Valeu a pena?
Valeu muito a pena, foi ótimo porque todo mundo precisa desafios e o maior era até saber onde eu poderia “ir sozinho”, sem o auxílio luxuoso do Exalta, tudo está dando muito certo.
Mudando de assunto, como está sua saúde? Manteve a rotina de exercícios após a Dança dos Famosos?
A saúde está bem, só não consigo tempo para dançar. Duas vezes por semana tento fazer alguma atividade física, esteira, caminhada. Sei que é muito pouco perto do que eu preciso, mas é melhor do que não fazer nada...
Mais novidades em 2014?
Quero dizer que em março o Esquenta está de volta e eu estou lá juntinho.
Veja o teaser do DVD: