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Bem-estar e Saúde / MUITA ATENÇÃO

Médico faz alerta sobre diagnóstico de filho de Gabi Brandt: 'Pausas respiratórias à noite'

Em entrevista à CARAS Brasil, o médico Miguel Liberato detalha problema enfrentado por Davi, filho da influenciadora Gabi Brandt, e explica formas de tratamento

Dr. Miguel Liberato
por Dr. Miguel Liberato

Publicado em 28/10/2024, às 21h06 - Atualizado às 21h08

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A influenciadora digital Gabi Brandt e o primogênito Davi - Reprodução/Instagram
A influenciadora digital Gabi Brandt e o primogênito Davi - Reprodução/Instagram

Gabi Brandt (28) contou que um dos seus filhos, o pequeno Davi (5), passou por uma nova cirurgia. Nos stories do Instagram, a influenciadora digital compartilhou, no último sábado, 26, uma imagem em que o menino aparece no hospital logo após o procedimento. Em março do ano passado, ele precisou remover as amígdalas e a adenoide. Na ocasião, a mamãe famosa explicou que a criança enfrentava dificuldades respiratórias e adoecia com frequência. Em entrevista à CARAS Brasil, o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato alerta sobre o problema: “Pausas respiratórias durante a noite”.

A influenciadora revelou que Davi precisou passar pela segunda cirurgia, mas que já estava tudo bem, prestes a voltar para casa. Em 2023, o menino foi submetido ao procedimento pela primeira vez. "Ele tinha muita dificuldade pra respirar por causa da adenoide, estava sempre tomando antibiótico, e todos os médicos que eu procurei disseram a mesma coisa: 'não sabemos como ele está respirando, é uma passagem muita estreita’", relatou Gabi, na época. Ela também é mãe de Henri (3) e Beni (1), frutos do relacionamento com Saulo Poncio (28).

À CARAS Brasil, Miguel Liberato informa que as amígdalas e adenoides são estruturas presentes nas crianças desde o nascimento e que apresentam uma importante função na nossa imunidade. Em alguns casos, porém, elas podem apresentar um crescimento acima do esperado e processos infecciosos recorrentes, causando problemas à saúde. “Esse crescimento ocorre de forma mais importante até cerca de seis anos de idade, quando voltam a reduzir de tamanho de forma natural. Desse modo, as crianças dessa faixa etária são as que mais sofrem com esses problemas”, explica.

De acordo com o especialista, a adenoide é uma estrutura que fica localizada na região posterior do nariz. “Naturalmente, ela está presente em todas as pessoas e tem importante ação na defesa do organismo contra microrganismos inalados e substâncias com potencial de desencadear uma cascata alérgica. Ao nascimento, a adenoide é pequena e vai aumentando de tamanho de forma gradativa, tendo seu maior tamanho entre os cinco e seis anos, quando volta a reduzir de tamanho”, diz.

Porém, ainda segundo o médico, em alguns casos, devido às infecções virais, exposições a irritantes ambientais, ela pode aumentar exageradamente. “O que leva a obstrução da passagem de ar pelo nariz e acúmulo de secreções que podem favorecer as infecções de repetição, como sinusites e otites, além do comprometimento da qualidade do sono, com sono agitado e roncos e até pausas respiratórias durante a noite. Durante o dia, podemos observar nesses pacientes obstrução nasal, voz anasalada entre outros”, destaca.

“As amígdalas são órgãos que ficam no fundo da garganta, dos dois lados e que também tem função importante na nossa imunidade. Em alguns casos, essas estruturas podem estar aumentadas de tamanho ou a criança apresentar infecções de repetição. Nesses casos, a função pode estar comprometida e ainda trazer problemas para a saúde”, continua.

Então, diz Liberato, se observado que as amígdalas estão aumentadas a ponto de causar obstrução da via respiratória, se manifestando com roncos, engasgos, acúmulo de restos de comida levando ao mau hálito, ou até mesmo quando elas infeccionam com frequência, deve-se encaminhar o paciente ao otorrinolaringologista para considerar a retirada cirúrgica delas. “Sendo uma forma de tentar reduzir o uso repetido de antibióticos e melhorar a qualidade de vida da criança”, pontua.

COMO TRATAR

Inicialmente e em quadros mais leves e com menor recorrência, iniciasse o tratamento medicamentoso, informa o especialista. “Que muitas vezes pode ser até tópico, de espirrar no nariz. Quando observamos que esses sintomas não melhoram com o tratamento inicial, é importante uma avaliação do otorrinolaringologista para a realização de um exame para visualizar com mais detalhes a adenoide, e devemos considerar uma abordagem cirúrgica”, frisa.

A retirada das adeinoides e amigdalas é um dos procedimentos cirúrgicos mais comumente executados na população pediátrica, com baixas taxas de complicações. Porém, sem o tratamento adequando, as crianças vão permanecer com os sintomas da obstrução nasal crônica como: roncos, respiração bucal, obstrução nasal, apneia do sono - que são pausas involuntárias da respiração durante o sono –, infecções de repetição como sinusite, otites, infecções de garganta, levando a criança a uso repetido de antibióticos.

“A longo prazo, todas essas alterações podem levar à queda do rendimento escolar”, afirma. “Mesmo sendo estruturas intimamente ligadas à imunidade, a retirada cirúrgica não compromete o sistema imunológico da criança”, finaliza.

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