30 anos sem Raul Seixas: Paulo Coelho fala sobre amizade dos dois
No dia 21 de agosto de 1898 o que tomava conta dos noticiários era a parada cardíaca que levou à morte de Raul Seixas.
Paulo Coelho, parceiro musical e amigo de Raul, contou para o F5 que ficou feliz com a morte do roqueiro. “Senti uma imensa alegria. Parecia que aquilo tinha sido um desejo do Raul”, disse.
O escritor disse que os fãs extremos de Raul o culpam pela morte dele. “Eles dizem que eu introduzi o Raul às drogas”. Paulo não nega esse fato, mas diz que Raul não tinha uma personalidade fraca e que não fez ele se destruir.
Na entrevista, Paulo falou que um dos melhores momentos que viveu ao lado do cantor foi a viagem que engatilhou a composição da música Gita. E também contou um dos momentos ruins que passaram juntos: “Ele já foi Raul Seixas. Hoje em dia ele não é ninguém”. Foi o que disse o porteiro que barrou Raul em 1980 no projeto musical Noites Cariocas. Coelho lamentou: “Escutar uma coisa dessas dói”.
Amgios desde os anos 70, o escritor diz que a relação dos dois sofreu apenas um abalo e nunca voltou a ser a mesma. Paulo havia sido preso por causa de suas músicas e Raul não o deu nenhum apoio. O escritor admite: “Acho que nesse momento eu odiei ele”.
Existem mais de 40 biografias dedicadas à Raul Seixas, mas nem Coelho, nem a filha do cantor, Vivi Seixas, acham que elas contam a história completa do astro de rock. “Raul teve uma curva ascendente e depois uma descendente”, defendeu Paulo.