O famoso estilista Nicolas Ghesquière usa a criatividade com conceitos opostos em nova coleção
Publicado em 06/12/2024, às 17h00
Assistir a um desfile da grife Louis Vuitton através do trabalho do estilista francês Nicolas Ghesquière (53) é um evento impressionante. Isso porque Ghesquière tem técnica e visão complexas, que misturam as referências históricas e arquitetônicas com os elementos contemporâneos, além da riqueza de texturas, sobreposições ousadas e acessorização dramática.
O estilista possui uma perspectiva conceitual, mas consegue manifestar as suas propostas de forma realmente bela e desejável, criando uma junção muito rara de escapismo e realidade. À frente da Louis Vuitton há mais de dez anos, o estilista permanece construindo um repertório estético exímio, com coleções muito coesas em seus próprios códigos visuais, mas que se renovam a cada temporada.
Para esta coleção Spring 25, a era renascentista serviu como pano de fundo para Ghesquière, que estabelece diversos jogos entre conceitos opostos, como fluidez e estrutura, passado e futuro e exploração das facetas da feminilidade — aqui nós encontramos toda a casualidade, o romantismo, a sensualidade, a ousadia e a modéstia, tudo com um perfume da década de 1980 bastante vibrante.
Ele mistura elementos esportivos ao design histórico superlativo que é tão presente em sua trajetória e incrementa as referências com bordados e texturas marcantes, que atuam em harmonia com seu reconhecido trabalho em camadas.
Para além das bolsas, os acessórios aplicados de forma exagerada deixam a proposta visual explorada mais complexa. A cada look percebemos uma construção distinta e elaborada, que, apesar dos detalhes, ajuda a contar a história imaginada por Ghesquière.
FOTOS: Getty Imagens
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