Em nova edição da Revista CARAS, Paula Martins analisa a nova coleção da Burberry, em meio a rumores da saída de seu diretor criativo
Publicado em 21/03/2025, às 17h00
Em meio aos rumores de que o estilista Daniel Lee (39) estaria deixando o cargo de diretor criativo da britânica Burberry, é apresentada uma coleção que mostra todo o seu comprometimento com a marca, com o estilo de vida britânico que ela representa e como o restante do mundo interpreta esse imaginário estético.
Nós podemos observar nas coleções passadas que Lee tentou promover um twist nos códigos da Burberry, concedendo toda a sua ousadia muitas vezes irônica e provocando releituras que, como nós podemos notar nesta apresentação, parecem não ter agradado.
O caminho aqui foi bem seguro. Comercial, belo, facilmente desejável, mas seguro. Lee se inspirou na vida ao ar livre, na decoração típica dos castelos centenários, na alta sociedade, na literatura, no clima e em tudo mais que envolve a aura britânica que por mais de cem anos é manifestada na Burberry.
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A paleta terrosa profunda reforça tal atmosfera, bem como os elementos de complementação. Sobretudos, parcas, capas e, claro, os trenchcoats, reavivam o espírito da marca e as intenções de manter-se como o principal nome no que diz respeito à interpretação dos símbolos britânicos.
"A Burberry é uma marca feita para estar sempre em movimento, em movimento e em movimento, ao ar livre e em todos os diferentes tipos de clima e terreno", mencionou o estilista, que levou essas considerações ao pé da letra.
Botas acima dos joelhos, calças ajustadas, cachecóis densos e o tradicional xadrez tornam esse ideal ainda mais evidente. Mas Lee ainda encontra maneiras de estabelecer suas linhas criativas, ainda que de forma mais comedida, por meio de ternos aveludados que remetem à década de 1970, tricôs e franjas pesados e ultratexturizados e nos volumes mais exuberantes aplicados em jaquetas e cachecóis.
"A Burberry é mais do que uma marca de moda, é uma instituição, é um símbolo de um país. A Burberry existe há mais tempo do que qualquer marca de nossa vida. Esses tipos de instituição dão conforto", já disse o estilista.
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