Os estilistas holandeses Viktor Horsting e Rolf Snoeren, da grife Viktor & Rolf, apostam em modelagens dramáticas para o conceito da grife
Publicado em 19/07/2024, às 17h00
O histórico do duo holandês Viktor Horsting (54) e Rolf Snoeren (54) para a altacostura é sempre um acontecimento à parte. Afinal, a estética do absurdo integra a trajetória dos estilistas, que imprimem um frescor moderno à sisudez intrínseca à couture.
É por manter nomes que trazem diferenciação e alternativas contemporâneas para a ideia de alta-costura que o evento consegue manter a sua importância até os dias de hoje. Certamente, Viktor & Rolf possuem grande contribuição nisso.
A visão dos designers para a couture é justamente a de que ela pode ser absurda. Se a gente pensar direito, veremos que os absurdos podem integrar esta Semana de Moda específica de diversas maneiras: as incontáveis horas trabalhadas em uma única peça, as inúmeras regras da federação de alta-costura para que uma marca seja convidada a desfilar ali, o número escasso de clientes que efetivamente consomem alta-costura e, obviamente, o valor inestimável das criações.
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São diversos fatores que soam de maneira absurda nos ouvidos mais comuns e, sendo a dupla uma praticante assídua dos absurdos irônicos, especialmente ao não levar a rigidez da alta-costura tão a sério, é que sua obra se torna memorável e única.
Eles levaram a ideia para uma manifestação abstrata e exagerada de peças estruturadas e vívidas que conseguem expor exatamente o que o duo pretendia: "Nós gostamos da ideia de fazer algo absurdo, que não faz mesmo sentido. Queríamos levar esse conceito além. Por um lado, o corpo humano; do outro, as formas mais abstratas. É a alta-costura como uma exageração do abstracionismo", resumiram os estilistas.
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