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Esporte / Olimpíadas

Organizadores se desculpam por paródia polêmica nas Olimpíadas: “Se ofenderam”

Comitê organizador se pronuncia após paródia de 'A Última Ceia' de Leonardo da Vinci gerar polêmica na abertura das Olimpíadas 2024; entenda

Clara Andrade
por Clara Andrade
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Publicado em 29/07/2024, às 11h23

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Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 - Reprodução/GloboPlay
Cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 - Reprodução/GloboPlay

No último domingo, 28, os organizadores das Olimpíadas de Paris 2024 se desculparam após uma paródia que aconteceu na cerimônia de abertura gerar polêmica. Em uma entrevista coletiva, a porta-voz do comitê afirmou que não havia intenção de ofender ao recriar a famosa pintura "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci, assim como o diretor criativo. 

Para quem não acompanhou, durante a cerimônia de abertura da competição na capital francesa, foi apresentada uma paródia da famosa cena. No entanto, a reprodução gerou controvérsia ao substituir Jesus Cristo e os apóstolos por drag queens, uma modelo transgênero e o cantor Philippe Katerine nu coberto por maquiagem representando o deus do vinho.

Além de causar polêmica e dividir opiniões nas redes sociais, a cena chamou a atenção da Igreja Católica na França. Em um comunicado, a Conferência dos Bispos Franceses expressou seu repúdio à abertura: “Infelizmente, esta cerimônia apresentou cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, que deploramos profundamente”, disseram.

Em resposta, a porta-voz da competição, Anne Descamps, se desculpou em nome da organização: “Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. (A cerimônia) tentou celebrar a tolerância na sociedade. Acreditamos que essa ambição foi alcançada. Se as pessoas se ofenderam, lamentamos muito”, disseram.

Em outra entrevista, Thomas Jolly, o diretor criativo da cerimônia, também lamentou e falou sobre o intuito da reprodução: “Nunca encontrará da minha parte nenhum desejo de zombar, de denegrir nada. Quis fazer uma cerimônia que reparasse, que reconciliasse. Também que reafirmasse os valores de nossa República", declarou à rede BFMTV.

Rayssa Leal pode sofrer punição após gesto religioso nas Olimpíadas:

Enquanto o comitê se desculpava pela cena na abertura, Rayssa Leal brilhava ao representar o Brasil na prova de skate street feminino das Olimpíadas de 2024. Com diversas manobras, a ‘Fadinha’ garantiu uma medalha de bronze para o país. No entanto, a skatista agora pode enfrentar uma punição depois de fazer um gesto proibido.

Rayssa percorreu um longo caminho até garantir seu lugar no pódio. Durante uma de suas manobras, a skatista chegou a pedir forças ao público e também aproveitou para enviar uma mensagem religiosa. Acontece que o gesto é proibido pelo Comitê Olímpico Internacional. Aliás, os atletas podem sofrer punições por falarem sobre religião ou política; entenda as consequências.