A maratonista Rebecca Cheptegei, que competiu nas Olimpíadas de Paris 2024, faleceu aos 33 anos; atleta teve 75% do corpo queimado
A maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei faleceu nesta quinta-feira, 5, aos 33 anos. Nos últimos dias, a atleta teve sua casa invadida por Dickson Ndiema Marangach, um ex-namorado, que ateou fogo em seu corpo.
Rebecca Cheptegei, que representou Uganda nas Olimpíadas de Paris 2024, estava internada em estado crítico em Eldoret, no Quênia. Ela sofreu queimaduras em 75% do corpo.
De acordo o site 'G1', Kimani Mbugua, diretor da UTI do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH), informou que a atleta "morreu por volta das 5h30" locais. "Os ferimentos cobriam a maior parte de seu corpo. Isso levou à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso", disse ele.
A 'Athletics Kenya', confederação de atletismo do Quênia, afirmou que "a morte prematura e trágica é uma perda profunda" e exigiu "o fim da violência de gênero".
Entre os principais feitos da carreira de Cheptegei está a conquista da medalha de ouro no Campeonato Mundial de Corrida de Montanha e Trilha, realizado em Chiang Mai, na Tailândia, em 2022. Ela deixa dois filhos.
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Segundo informações da BBC e da AFP divulgadas pelo jornal O Globo, a polícia suspeita que o homem teria entrado na casa da corredora enquanto ela e os filhos estavam na igreja. "Dickson, que havia conseguido gasolina, começou a despejar (o líquido) em Rebecca antes de atear fogo nela", disse o relatório policial.
De acordo com os investigadores, o agressor jogou combustível contra Rebecca e incendiou sua casa em Endebess. Dickson também sofreu queimaduras e foi levado para o mesmo hospital que Rebecca.
Ainda conforme relatado pela BBC, um documento arquivado por um administrador regional revela que Rebecca e seu ex-namorado estavam em disputa por um terreno no condado de Trans Nzoia. A maratonista teria construído uma casa na área para ficar perto dos centros de treinamento do Quênia.
