Apresentadora contou o drama da filha Yanne, que nasceu com uma grave doença e passou por transplante de fígado
Márcia Goldschmidt vive um drama familiar desde que descobriu que uma das filhas gêmeas, Yanne, tem uma grave doença chamada atresia de vias biliares. Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, a apresentadora contou que a menina foi submetida a um transplante de fígado no mês de novembro, em São Paulo.
"O que aconteceu comigo é bem daquelas coisas que você acha que só acontece com os outros, ou que só acontece na novela. O que aconteceu comigo não quero que aconteça com ninguém", disse Márcia.
Yanne e Victoria nasceram prematuras e ficaram internadas durante dois meses no hospital. Mais amarelinha que a irmã, Yanne foi diagnosticada com icterícia (síndrome que deixa a pele amarelada, comum em bebês). "Um dia eu fui numa consulta de rotina, fui trocar a fralda e usei a maca do médico, que viu que a cor do cocô não era normal. Foi o que salvou a vida da Yanne", lembra Márcia. A menina tinha apenas cinco meses de idade. "Ela teve que ir para uma cirurgia de urgência. Eu tinha muita fé que a cirurgia funcionasse, mas nós sabíamos que já era tarde", contou entre lágrimas.
Mas o procedimento não foi o suficiente e a garotinha, de apenas um ano e dois meses, precisou ser submetida a um transplante de fígado. O doador do órgão foi Jimmy, de 19 anos, filho mais velho da apresentadora. A previsão dos médicos é que em seis meses o órgão dele esteja completamente regenerado. "Quando eu saí do quarto onde eu estava no hospital e vi que ela estava bem, que foi por causa de um órgão meu que ela estava bem, foi emocionante. Se alguém puder doar um fígado ou outro órgão, faça. Você vai perder uma semana, duas do seu dia a dia e você salvou alguém", contou o rapaz.
A menina passou duas semanas internada e se recupera bem da cirurgia. Márcia ainda não sabe quando voltará a Portugal, onde mora com o marido, o advogado Nuno Rego, pai das gêmeas. "É uma dor dilacerante porque a gente não quer ver um ser tão indefeso sofrendo tanto, sendo picado a todo instante, procedimentos que são extremamente invasivos até para um adulto, ainda mais pra um bebê", disse a apresentadora.
"Eu tive uma postura proativa. Eu não parei um minuto. Há 14 meses eu não sei o que é descansar, que eu não sei o que é pensar em mim. Eu vivi esses 14 meses pensando nas minhas filhas. Não só na Yanne, porque a Victória acabou levando um pouquinho desse peso. Não podia dar tanta atenção para ela pela minha concentração na Yanne com o medo que o fígado chegasse num estágio que se deteriosasse demais e fosse fatal", desafabou.