De férias após êxito de trama bíblica, ela destaca o apoio de Roberto
No passeio entre dunas, coqueirais e pedras na Costa do Sauípe, na Bahia, de mãos dadas com o marido, o empresário Roberto Costa (34), Camila Rodrigues (32) escuta: “Atenção, a Rainha vai passar...”. Comentários assim, carinhosos, têm sido constantes na vida da atriz nos últimos oitos meses pela atuação como a soberana do Egito Nefertari, no megassucesso bíblico da Record Os Dez Mandamentos, exibido até o dia 23. “Evoluí na minha carreira. Saio desse trabalho completamente diferente de como comecei. Principalmente por saber do que sou capaz de fazer”, avaliou Camila, em temporada de relax com o amado no Hotel e Resort Costa do Sauípe — Sauípe Premium. Bemhumorada, a estrela, que iniciou na TV na global América, em 2005, brinca que os dias de dolce far niente também são mais do que merecidos para Roberto, com quem está casada há quatro anos. “Ele foi o ‘dono de casa’, cuidou de tudo para mim como ninguém nesse período de gravações, para que eu pudesse estar com o coração e a cabeça tranquilos na novela. Tadinho, e olha que ele trabalha muito também”, contou a atriz, já confirmada no elenco da série Sem Volta, com direção de Edgard Miranda (42), sobre o drama de um grupo de montanhistas que se perde durante escalada. As gravações vão de janeiro a março. “Demorei tanto para mostrar meu trabalho, que estou muito empolgada agora. Já descansei. Quero um desafio novo!”, avisou. Na entrevista, ela fala ainda de cobrança, sensualidade e do desejo de ser mãe.
– O bebê vem em 2016?
– Estamos aí... Deixei livre para acontecer, são só três meses de gravações da série. Mas se vier agora, será muito bemvindo.
– Que tipo de mãe deve ser?
– Não tenho a menor ideia. Sempre acreditei que fosse ser tranquila. Mas acho mesmo que vou ser uma leoa total e terei de me controlar. Pensava que nunca seria ciumenta. Mas, com meu irmão, de 26 anos, que namorava há dez e agora se separou, percebi que estava errada. Tenho um ciúme ridículo das meninas com ele. Comecei a me ver de maneira diferente, a pensar como vai ser com meu filho.
– O que tem sido essencial para manter união tão sólida?
– Acho que termos os mesmo sonhos. Há os individuais, claro. Mas temos o mesmo desejo de construir uma família, de curtir as coisas simples e maravilhosas da vida, que é ficar ao lado de quem amamos, fazer uma viagem como essa agora. Isso é a maturidade que a idade traz. Você começa a aproveitar o aqui e agora, o que interessa é o hoje. E o Beto tem esse pensamento. Por isso, estamos seguindo juntos.
– Ele entende a complexidade da sua profissão?
– Isso sempre foi tranquilo na nossa relação. Beto nunca foi ciumento, é sempre parceiro. Ele sabe da minha batalha, me conheceu quando eu estava indo para a Record, querendo muito trabalhar. Agora, vendo tudo o que sempre quis acontecendo, ele fica feliz, orgulhoso. E isso é fundamental para mim. Não sei se conseguiria trabalhar bem com uma pessoa cobrando: ‘Cadê a mulher que tenho em casa? Falta isso, aquilo.’ Ele apoia! Mas também tenho de fazer minha parte de mulher. Com as coisas mais calmas agora, vou retomar os cuidados do dia a dia em casa, apesar de que ele tirou onda...
– Como saiu desse trabalho?
– Totalmente diferente. Não só como atriz, mas como pessoa. A gente sempre duvida um pouco aonde pode chegar. Tive um aprendizado enorme não só com diretores, elenco, mas comigo também. De saber que sou capaz. O que quero, vou e faço. É importante essa autoestima, a segurança. Quando ‘peguei’ a personagem, deu um medo gigantesco de fazer. E conseguir poder mostrar o trabalho que há muito tempo estava ali, pulsando, mas não sendo exposto, acho que foi o fundamental para mim.
– Demorou muito para surgir um papel assim?
– A gente sempre acha, mas tenho certeza de que veio no momento certo, de maturidade. Não é questão do destaque da personagem, mas da sua evolução. Não só peguei um papel superimportante, como pude passar por todos os sentimentos.
– O que leva de Nefertari?
– Acho que ganhei uma postura diferente. Principalmente pela questão de ter raspado o cabelo, acredito que tenha ficado um pouco mais feminina, tentando afirmar alguma coisa para mim. No início era esquisito, não estava segura com o visual. O meu peito foi mais para a frente. Até meu marido brincava: ‘Você está andando toda empinadinha’. Então, foi isso: postura, delicadeza. As pessoas até não sabem, mas sempre fui meio moleca, gosto de futebol, tudo o que tem esporte me meto e faço.