O autor de novelas criticou o artifício do "quem fala mais alto" pela presença da dramaturgia cênica
O autorAguinaldo Silva usou as redes sociais na manhã desta terça-feira, 5, para criticar a gritaria dos personagens em novelas da TV.
"A moda agora na tevê é trocar a dramaturgia pela gritaria", escreveu o polêmico autor, sem especificar a qual folhetim fazia referência.
Na segunda-feira, 4, foi ao ar a cena em Amor à Vida com a briga entre Pilar (Susana Vieira) e Edith (Bárbara Paz), marcada por muita gritaria e agressões por causa da paternidade de Jonathan (Thalles Cabral), que descobriu ser filho de César (Antonio Fagundes), e não de Félix (Mateus Solano).
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Aguinaldo, por sua vez, deu como exemplo uma novela de sucesso da Globo que, segundo ele, soube harmonizar a gritaria com a dramaturgia.
"Em Avenida Brasil funcionou? Sim, porque nela tinha gritaria com dramaturgia", afirmou o autor referindo-se ao sucesso escrito por João Emanuel Carneiro em 2012.
A moda agora na tevê é trocar a dramaturgia pela gritaria. Em Avenida Brasil funcionou? Sim, porque nela tinha gritaria com dramaturgia.
— aguinaldo silva (@aguinaldaosilva) November 5, 2013
Mas a gritaria na cultura brasileira é fenômeno a ser estudado. Exemplo: por que todos falam tão alto nos restaurantes se estão lado a lado?
— aguinaldo silva (@aguinaldaosilva) November 5, 2013
As alfinetadas entre Aguinaldo Silva e Walcyr Carrasco já se tornaram recorrentes na Internet. Em julho, o primeiro criticou a decisão do segundo de raspar o cabelo da atriz Marina Ruy Barbosa na trama.
"Raspar a cabeça de Marina Ruy Barbosa é um crime! Mas, de qualquer maneira, eu a quero linda e ruiva de novo em minha novela", disse Aguinaldo na ocasião. Walcyr desistiu da ideia, mas matou a personagem de Marina, transformando-a em um espírito.