A atriz Bárbara Paz completa 50 anos nesta quinta-feira, 17, e, pensando nisso, a CARAS Brasil preparou um resumo de sua trajetória; confira!
Bárbara Paz sofreu um acidente quase fatal, foi casada com o cineasta argentino Héctor Babenco (1946-2016), representou o Brasil na 93ª edição do Oscar e venceu a primeira edição da Casa dos Artistas (SBT): Tudo isso antes de completar 50 anos, nesta quinta-feira, 17. Para homenagear a extensa carreira da atriz, a CARAS Brasil preparou um apanhado de sua trajetória; confira a seguir.
Nascida em Porto Alegre, Bárbara Paz começou a trabalhar cedo. Caçula de quatro irmãs, ela perdeu o pai aos 6 anos e, aos 9, começou a vender esculturas de gesso para ajudar financeiramente. Aos 17, perdeu a mãe, que fazia hemodiálise desde o parto da atriz, após ter complicações. Então ela decidiu mudar para São Paulo e alugou um apartamento com amigas para tentar a carreira de modelo.
No mesmo ano, a artista sofreu um acidente de carro quase fatal. Ela estava no sul para passar as festas do final de ano e, no Natal, ela e algumas amigas bateram em uma árvore após deixarem a casa onde estavam reunidas. Bárbara sofreu um trauma facial e precisou levar mais de 400 pontos. Ao voltar para São Paulo, abandonou a carreira de modelo. Após se recuperar, decidiu estudar teatro.
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Após se formar e integrar o elenco de diversos espetáculos teatrais, a atriz entrou na TV e, em 2001, participou da primeira edição da Casa dos Artistas. Ela venceu o reality e levou para casa o prêmio de R$ 300 mil, que a ajudou a se estabilizar e transformar sua carreira —que passou a receber diversos convites para trabalhos na TV e cinema.
Anos depois, com vários papéis no currículo, ela ganhou grande destaque ao interpretar Renata em Viver a Vida (2009), e seguiu fazendo personagens impactantes em tramas como Morde e Assopra (2011), Amor à Vida (2013) e A Regra do Jogo (2015).
Em meio a tantos trabalhos, Bárbara Paz viveu um casamento com o fotógrafo Marcos Lopes, e se envolveu com nomes como Supla, Dalton Vigh e Raul Barreto. Porém, foi com Héctor Babenco que ela encontrou seu grande amor. Os dois se conheceram em 2007 e engataram um romance, que terminou apenas em 2016, com a morte do cineasta.
"Essa palavra 'superação' não cabe muito a mim, sou uma pessoa bastante ativa, com muita energia, feliz, gosto da vida, de viver. O que tento fazer é transformar tudo em poesia. Estou bem. A vida é muito curta. A gente tem que saber viver", disse ela, um ano após a morte do artista, em entrevista ao portal Glamurama.
Anos depois, a relação levou a atriz ao Oscar. Em 2021, ela dirigiu o documentário Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou que foi escolhido para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional. Apesar de não ter vencido a categoria, ela acumula diversos prêmios pela produção como Prêmio Grande Otelo, Grande Prêmio de Cinema Brasileiro e Clássicos de Veneza.
No mesmo ano, a atriz também falou sobre ter se descoberto como uma pessoa não-binária. "Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi. Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas, a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação."
Hoje, a artista de olhar marcante e sorriso largo segue trabalhando com a direção, preparando um documentário sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, e também está ligada aos cinemas —ela, por exemplo, integrou o júri do Festival de Veneza. E acima de tudo, continua vivendo graciosamente "apesar de" tanto, como compartilhou em seu perfil do Instagram.
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