O vencedor sempre será uma escolha questionável para uma parte da população, só que às vezes os críticos erram feio
Com certeza você já tem os seus favoritos para a premiação mais importante de cinema que acontece neste domingo, 24.
A Academia tenta premiar os merecedores, principalmente com relação à estatueta mais esperada da noite, a de Melhor Filme. Porém, como a votação não é baseada na preferência popular, o resultado sempre vai gerar discussão e desagrada uma parte dos cinéfilos.
Este ano não será diferente. Levando em conta que os queridinhos Pantera Negra e Bohemian Rhapsody estão concorrendo, alguém vai sair descontente com a escolha.
A CARAS Digital reuniu os indicados que mais foram injustiçados na seleção do vencedor na história da cerimônia e traz para você se irritar junto com a gente.
A maior injustiça conhecida foi protagonizada por Cidadão Kanedesbancado por Como Era Verde Meu Vale, em 1942. O longa, que é considerado um clássico mundial, é reconhecido por críticos por ter revolucionado a linguagem do cinema através da inversão dos acontecimentos de sua narrativa, mas não foi suficiente para agradar na época e a Academia não reconheceu seu potencial. O concorrente nunca chegou a alcançar o impacto da produção de Orson Welles.
No ano 1971, Laranja Mecânica foi indicado a quatro prêmios, só que não levou nenhum. A derrota foi em decorrência do desconhecido Operação França, deixando de lado o filme marcante que é considerado um dos grandes exemplos da ficção científica.
O Oscar de 2010 premiou injustamente Guerra ao Terror, ao invés de Avatar, que faturou mais dinheiro na história do cinema. A criação de James Cameron é apontada como uma inovação no uso de tecnologia empregada. Diversos aparelhos foram desenvolvidos apenas para as gravações. Entretanto, a história e os efeitos especiais não conquistaram os gélidos corações dos eleitores.
O Artista consolidou a fama conservadora dos críticos responsáveis pela escolha do vencedor em 2012. A obra homenageia o passado cinematográfico. Porém, A Invenção de Hugo Cabret foi muito mais criativa. Dirigido por Martin Scorsese, o filme é uma obra prima que utiliza a tecnologia atual para glorificar Georges Méliès, unindo o velho e o novo.
Em 2015, o grande vencedor da noite foi Birdman; ainda que de difícil concepção pela filmagem em estilo plano sequência, não chega aos pés de Boyhood: Da Infância À Juventude, que levou pelo menos 10 anos para ser completado, servindo como um desenho perfeito do tempo em meio à produções tão efêmeras.