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Cinema / Tchau!

J.K. Rowling é removida de Museu de Cultura dos EUA após polêmicas

Autora de Harry Potter, J.K. Rowling sofre retaliação por conta de polêmicas atitudes contra comunidade LGBTQIA+

Henrique Cesar Mello
por Henrique Cesar Mello
[email protected]

Publicado em 08/08/2023, às 15h14

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Autora de Harry Potter, J.K. Rowling sofre retaliação por conta de polêmicas atitudes contra comunidade LGBTQIA+ - Foto: Getty Images
Autora de Harry Potter, J.K. Rowling sofre retaliação por conta de polêmicas atitudes contra comunidade LGBTQIA+ - Foto: Getty Images

A represália não para! Desta vez, a escritora britânica J.K. Rowling sofreu mais um baque por conta de suas polêmicas falas contra a comunidade LGBTQIA+. O que aconteceu agora foi que a autora de Harry Potter foi removida do espaço especial da história do bruxinho mais famoso do mundo no Museu de Cultura Pop dos Estados Unidos da América.

Localizado em Seattle, o Museu optou por retirar o nome de J.K. rowling, assim como suas imagens na exposição da obra. De acordo com Chris Moore, gerente de projetos do local, no blog oficial do museu, a partir de agora os créditos só serão atribuídos a quem realmente merece.

“Você verá os artefatos sem nenhuma menção ou imagem da autora. Afinal, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint são aliados incrivelmente vocais (da comunidade LGBT). Devemos esquecer o trabalho deles agora que a autora original é terrível? Não estou nem falando em 'separar a arte do artista', mas sim em dar o devido crédito”, dizia a publicação do Museu.

Sendo um homem trans, Chris Moore também declarou como se sentiu diretamente afetado pelo discurso da escritora, que inclusive lhe fez perder o encanto por sua série favorita de livros, assim como muitos ao redor do mundo.

“Harry Potter foi publicado pela primeira vez em 1997 e comecei a lê-lo em 1998, quando foi lançado no mercado americano. Vou ser fiel a mim mesmo dizendo que estava meio que esperando minha própria coruja depois de ler o primeiro livro. Quando eu era criança, os temas superficiais em Harry Potter de aceitação dos outros e de proteção das pessoas contra maus-tratos eram incrivelmente atraentes para mim”, disse Chris.

“Há uma certa entidade fria, sem coração e sugadora de alegria no mundo de Harry Potter e, desta vez, não é realmente um dementador. Adoraríamos seguir a teoria da Internet de que esses livros foram realmente escritos sem um autor, mas essa certa pessoa é um pouco vocal demais com suas visões super odiosas e divisivas para serem ignoradas”, completou.

Segundo o gerente de projetos do Museu, a autora e sua equipe perseguiram Jessie Earl, uma das ex-editoras do MoPOP, que demonstrou apoio financeiro aos fãs trans da série de livros. Chris ainda mencionou o livro Troubled Blood, no qual J.K. faz uma travesti assassina como vilã. “Acaba sendo um romance inteiro de táticas de susto transfóbicas veladas. Estaremos sempre buscando melhorias. Não somos perfeitos nessa prática, mas é por isso que se chama prática”, finalizou o comunicado.

Relembre as polêmicas de J.K. Rowling

A autora de Harry Potter prestou seu apoio a um transfóbico quando ele voltou a usar o Twitter depois de ser banido da rede social. “Eu prefiro ter AIDs (a apoiar a causa trans). Porque isso não castra meninos gays inocentes”, disparou o homem.

Já em 2020, J.K. publicou um artigo no qual questiona os direitos das pessoas transgêneras e aponta dados de indivíduos que se arrependeram da transição. “Estou preocupada com a grande explosão de mulheres jovens que querem fazer a transição e também com o índice de pessoas que estão fazendo o processo oposto, porque eles se arrependeram dos passos incluindo alteração permanentes de seus corpos e infertilidades”, disse na época.

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