Liz Marins, filha de Zé do Caixão, emociona ao falar sobre morte do cineasta
Liz Marins, filha do cineasta Zé do Caixão, usou as redes sociais para falar sobre a morte do artista e também informar os fãs sobre a missa de sétimo dia, que irá acontecer no dia 1 de março, às 18h, na Paróquia São João Batista do Brás, com sede na Avenida Celso Garcia.
"[...] Anulei os meus sentimentos por dias e pensei somente na minha missão. Nos desejos do meu pai para quando este momento chegasse. Desculpem, não tive tempo de atender a todos os telefonemas, de amigos, fãs, jornalistas, responder mensagens ou até entrar na Internet. Até então, não tive o direito de chorar, de sofrer, de cair, pois, o meu pai ainda precisava de mim. E agora? Só o vazio... Ainda não sei exatamente o que está se passando comigo. Parece que cavaram uma cova profunda no meu peito, uma cova sem fim. A sensação é de estar perdida em uma brecha entre o tempo e espaço", disse.
Liz compartilhou uma foto do velório de Zé e continuou: "Continuo como nesta imagem captada na madrugada do velório... conversando com ele. Às vezes em voz baixa, às vezes em pensamento... Mas, o contato físico já não existe. E, as respostas ecoam das incontáveis conversas de uma vida inteira. Na verdade fiquei em dúvida se postava esta imagem que me foi enviada, pois, frequentemente filmamos atores encenando em caixões, mas, não pessoas reais falecidas em caixões. Entretanto, meu pai falava que queria que fosse filmado e fotografado em seu velório e enterro, portanto, resolvi postar, principalmente, em respeito aos desejos dele e porque ele estava com um aspecto tão sereno, parecia que estava dormindo. Ele falou várias vezes que desejava que este momento fosse registrado. A essência do meu pai está impregnada em meu corpo, em meu DNA, em meu coração, em meus pensamentos. Éramos tão “um”, tão complexos e parecidos em tantas coisas, que a explicação só o etéreo contém.Sei que terei uma nova missão a cumprir. Dar continuidade ao seu legado. Os Projetos começados e outros que sei que ele desejava, serão materializados. A minha alma só precisa respirar fundo e receber o acalento etérico para no seu âmago compreender, aceitar e prosseguir", concluiu.
Zé faleceu aos 83 anos no dia 19 de fevereiro, em São Paulo. Ele estava internado por conta de uma broncopneumonia.
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