Em entrevista à CARAS Online, Rubens Ewald Filho apontou os favoritos, segundo ele, ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas; o Oscar acontece em 24 de fevereiro, em Los Angeles (Estados Unidos)
Rafael Andrade Publicado em 23/01/2013, às 17h24 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Plenamente recuperado da estafa que chegou a provocar uma internação em agosto do ano passado, Rubens Ewald Filho (67) trabalha a todo vapor na nova temporada de premiações do cinema. O crítico tem frequentado bastante a rota São Paulo/ Los Angeles: esteve recentemente na Califórnia para o Globo de Ouro, embarca ainda nesta quarta-feira, 23, para acompanhar o Screen Actors Guild (SAG) Awards - a premiação acontece no domingo, 27, - e ainda voltará a São Paulo mais uma vez antes de partir novamente para os Estados Unidos, em fevereiro, para a habitual função de comentarista do Oscar na TV.
Sobre a premiação da Academia, considerada a mais importante do cinema, Ewald Filho conversou com CARAS Online nesta quarta. Antes de fazer suas apostas, ele lembrou que o SAG, apesar de ser menos conhecido do grande público, é um prêmio importante porque funciona como um termômetro real para as escolhas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. "Os que mais votam na Academia são atores. Então, ganhar o SAG, onde só votam atores, significa que o indicado tem grandes chances de levar o Oscar", explicou Ewald.
Apesar de Lincoln estar indicado ao prêmio de Melhor Filme e outras 11 estatuetas, para o crítico, o Oscar de 2013 é o primeiro em muito tempo que não tem um favorito absoluto. "Nos anos anteriores tivemos O Artista e O Discurso do Rei, cujas vitórias eram previsíveis. Este ano, embolou o meio de campo. E a Academia embarcou na ideia de contemplar também nessa categoria o cinema de arte. Temos Amor e Indomável Sonhadora, que aliás é o tipo de filme que o cinema brasileiro deveria fazer", avaliou.
Ewald Filho, entretanto, dá como certa a premiação de Daniel Day-Lewis (55) pela interpretação do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln (1806-1865) no filme de Steven Spielberg (66) - que, segundo o crítico, tem mais chances de levar o Oscar de Melhor Diretor. "Lincoln é um personagem forte, um líder. Será uma repetição do que se viu no ano passado, com a Meryl Streep no papel da Margaret Thatcher [a atriz levou o Oscar por A Dama de Ferro, sobre a ex-primeira-ministra britânica]", disse.
Em 2013, para o crítico, três estão no páreo para levar a estatueta de Melhor Atriz. "Acho que Emmanuelle Riva, deAmor, ou Quvenzhané Wallis, de Indomável Sonhadora, podem vencer. Mas Jennifer Lawrence, de O Lado Bom da Vida, também é forte candidata. Ela se tornou a queridinha de Hollywood", opinou Ewald Filho.
Para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, ele crava o nome de Anne Hathaway (30) pela atuação em Os Miseráveis. Mas, na versão masculina da categoria, ainda há dúvidas. "Todos os indicados já levaram o Oscar em algum momento de suas carreiras. Aposto, talvez, no Robert De Niro (69). O último prêmio dele foi em 1980 [por Touro Indomável]", afirmou.
O crítico também acredita nas vitórias de Valente, na categoria Melhor Animação, e Amor, como Melhor Filme Estrangeiro. Para ele, Skyfall - de Adele (24), que nesta quarta foi anunciada como atração da cerimônia - deve levar o prêmio de Melhor Canção. Mas a trilha sonora de Anna Karenina tem mais chances.
Quentin Tarantino (49) é o mais cotado para levar o Oscar de Melhor Roteiro Original, por Django Livre, segundo o crítico, que também aposta na vitória de David O. Russell (54) na categoria Melhor Roteiro Adaptado, por O Lado Bom da Vida. Nas categorias mais técnicas, Ewald Filho acredita que os prêmios irão para Anna Karenina (Melhor Figurino), Os Miseráveis (Melhor Maquiagem), Argo (Melhor Edição) e Lincoln (Melhor Fotografia).
Este ano, a cerimônia do Oscar acontece em 24 de fevereiro e será apresentada pelo estreante Seth MacFarlane (39), criador da série Family Guy. "Ele canta muito bem, é um Michael Bublé. Mas eu acho que o Globo de Ouro ganhou do Oscar com a dupla Tina Fey e Amy Poehler", disse Ewald Filho. O crítico acredita, entretanto, que a renovação no posto de anfitrião da noite de prêmios da Academia era necessária. "O Billy Crystal [que apresentou a cerimônia em 2012 e em outras oito oportunidades] já fez o trabalho dele", concluiu.
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