Além de pagar pelo lugar, quem sonha em brilhar na Avenida tem que arcar com fantasias de luxo para o Carnaval 2025; descubra os valores
Publicado em 28/11/2024, às 17h08
Os postos de musa e rainha de bateria na maioria das escolas de samba do Rio têm um preço, mas você sabe o quanto? Os valores chegam na casa do milhão! Às portas do carnaval de 2025 eles continuam sendo negociados aqui e ali, nos bastidores, sob a cortina de fumaça de nomes famosos atrelados a algumas agremiações. E quem está hoje, pode acordar e não estar amanhã.
Um desses exemplos é o caso da Andrea de Andrade, que, de uma hora para outra, foi dispensada da Vila Isabel, abrindo caminho para quem podia bancar os R$ 150 mil pedidos pela Azul e Branca. No caso, Monique Rizzeto, anunciada recentemente como a mais nova integrante do desfile.
A escola que tem Sabrina Sato como rainha de bateria lidera o ranking de “vaga” mais caro do carnaval. Depois dela vem a Portela, onde uma musa tem que desembolsar R$ 100 mil para brilhar na Avenida. Dependendo da ala - e do poder aquisitivo da candidata ao posto - a Mangueira também chega a cobrar R$ 100 mil, mas a maioria das musas garante a folia por R$ 50 mil.
No Salgueiro, o sonho de ser musa gira em torno de R$ 80 mil. Mas há casos, como o da socialite Tati Barbieri, em que este número pode ser dez vezes maior. A moça, casada com um milionário russo, pagou cerca de R$ 1 milhão à escola tijucana para estrear no carnaval carioca este ano. Hoje ela é madrinha da comissão de frente, ajudou a reformar a sala de ensaios e é também a embaixadora do camarote do Salgueiro na Sapucaí.
Na Unidos da Tijuca, os valores seguem o mesmo padrão. Além de pagar para desfilar, as musas precisam custear suas próprias fantasias, assim como os figurinos para os ensaios técnicos e de quadra. Por outro lado, algumas escolas se mantêm fora desse "comércio paralelo", como Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense, Mocidade, Viradouro, Tuiuti e Grande Rio. Na escola de Caxias, as fantasias das famosas — ou não — são geralmente custeadas pela própria agremiação. No entanto, só participa quem recebe um convite ou obtém a aprovação do presidente de honra, Jayder Soares.
Por isso, muitas mulheres em busca de destaque no carnaval têm preferido negociar posições mais acessíveis na Série Ouro. Nessa divisão, desfilar à frente de uma bateria pode ter um custo semelhante ao de ocupar um posto de musa no Grupo Especial, onde os valores para se tornar rainha começam em R$ 500 mil.