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Veja como pode aproveitar a Copa do Mundo, no País, livre de doenças

Ligia Raquel Brito Publicado em 11/12/2013, às 17h42 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Saúde - Divulgação
Saúde - Divulgação

O Brasil sediará, de 12 de junho a 13 de julho de 2014, a 20ª Copa do Mundo de Futebol. Com isso, claro, receberá milhares de visitantes, que gastarão um bom dinheiro aqui. Mas não podemos nos esquecer de que os eventos mundiais, com muitos turistas vindos de regiões diferentes, representam também risco para a saúde das pessoas que vivem nos países que os promovem.

Os riscos são, claro, sobretudo de os visitantes trazerem e disseminarem aqui doenças infecciosas, em especial as causadas por vírus e bactérias. Turistas do Leste Europeu, por exemplo, podem ser portadores de sarampo, doença da qual não ocorrem casos autóctones no Brasil há vários anos. Os americanos, por sua vez, são muito bons em prevenção, mas tiveram durante o último inverno epidemia de sarampo, coqueluche e gripe AH1N1. Há o perigo, pois, de trazerem esses  microrganismos para o Brasil, eles se disseminarem e causarem surtos dessas doenças depois da Copa do Mundo.

Visitantes da Ásia e da África, de outro lado, podem ser portadores dos vírus e bactérias que causam diarreia e poliomielite (paralisia infantil), moléstia que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera erradicada das Américas desde 1994.

De início, os brasileiros com maior risco de contrair tais doenças são os que não tomaram as respectivas vacinas. Mas todos devem ficar atentos. Isso se deve ao fato de que as vacinas não protegem totalmente — têm eficácia de 75% a 99%. E se descobriu que as pessoas que tomam algumas vacinas, como a de difteria, tétano e coqueluche, ao longo do tempo vão perdendo a proteção. Assim, são obrigadas a revacinar-se após 10 anos. O mesmo ocorre com a de sarampo, caxumba e rubéola.

Os brasileiros devem ficar atentos ainda às hepatites A, B e C. A contaminação pelo vírus da A não ocorre em São Paulo, mas pode-se contraí-lo, por exemplo, no litoral do Nordeste, em cidades como Salvador e Porto Seguro, porque é difundido pelos esgotos, por meio do qual pode chegar tanto aos alimentos, quanto à água e ao gelo. Há vacina contra a hepatite A e a B, mas não contra a C, o vírus HIV, causador da aids, e outras DSTs, como gonorreia e sífilis, que podem ser evitados com o uso de preservativo. O uso dele será muito importante, aliás, durante toda a Copa, porque infelizmente o Brasil é considerado por muitos estrangeiros «Paraíso Sexual». Quem vai trabalhar no evento em Brasília, Cuiabá e Manaus, finalmente, e pretende se aventurar pelas três regiões precisa imunizar-se contra a febre amarela.

O ideal é evitar doenças. É possível fazer isso com algumas medidas básicas. Coma em locais de boa higiene. Tome água mineral só de marcas conhecidas. No mato, use repelente, para afastar também os mosquitos da dengue e da febre maculosa. Lave as mãos com água e sabão ou esterilize-as com álcool-gel. Use preservativos em suas relações sexuais. Evite aglomerações em locais fechados. Vacine-se contra as doenças imunopreveníveis, incluindo a gripe. Comece agora, porque assim haverá tempo para você tomar todas as de que precisa e chegar à Copa do Mundo bem imunizado. Não haverá vacinas para todo mundo, é claro. Elas são fundamentais sobretudo para imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas. Mas essas pessoas devem consultar antes seu médico.