Miguel Roncato fala sobre personagem da série Reis e relembra história de vida em entrevista exclusiva à CARAS Brasil
Miguel Roncato (31) está mergulhado no universo de Reis, série da bíblica da Record escrita por Cristiane Cardoso (51) e que terá sua 13ª e última fase intitulada A Esperança encerrada em 2025. A emissora já tem a 12ª temporada pronta e a disponibilizou no streaming da Igreja Universal, o Univer Video. Na TV aberta, a estreia deve ocorrer ainda no primeiro semestre.
O trabalho é especial, já que o ator contracena com o irmão, Fernando Roncato. Seu personagem, Elá, é filho de Baasa, papel do parente. Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, ele relembra sua história de vida ao estrelato, analisa seu personagem e abre o coração sobre atuar em família.
"Eu amo os épicos. Quando tenho a oportunidade de interpretar um personagem de época, sempre analiso com carinho. O Elá é um príncipe na 12ª temporada prestes a tornar-se rei de Israel na temporada 13, que ainda estamos filmando. Um personagem bastante marcante, que aborda dependência alcoólica, conflitos familiares, ambições de vida e personalidade. Um prato cheio. Tem sido interessante esse desafio", comemora.
Para o papel, a produção da série já pensou no laço familiar que Miguel tem com Fernando na vida real. Ele conta à reportagem sobre a valorização do trabalho dos dois e o quão importante é não recusar papéis com cenas marcantes ou relação próxima aos do irmão.
"O convite surgiu exatamente dessa forma, com o intuito de contracenarmos juntos mais uma vez. Estar em família no estúdio é uma experiência ótima, então quando temos essa oportunidade, dificilmente abrimos mão. Estivemos juntos recentemente na série “Todo Dia a Mesma Noite” da Netflix. Foi incrível. E dessa vez, estamos fazendo um projeto de época em Reis. Nossa relação é muito respeitosa e amorosa. Somos parceiros de vida e profissão. Só agradecer!", conta.
Viver um personagem histórico forte como o Elá foi um desafio encarado com naturalidade. Roncato afirma ter a melhor relação possível com a religião e não vê problema ou tabu em falar sobre o tema. "É a fé e o amor que me movem. Fui criado no cristianismo. Deus está presente na minha vida em todos os sentidos."
Marcado como o Samuel de Cheias de Charme (2012), Miguel destaca a coragem para realizar o sonho de viver da arte. Ainda adolescente, ele deixou o interior do Rio Grande do Sul para buscar oportunidades no teatro em São Paulo.
"O mais difícil foi dar o primeiro passo. Sou do interior do Rio Grande do Sul. Mudar para São Paulo, aos 13 anos, em busca de um sonho e romper laços de afeto de uma vida foi bastante duro para mim. Eu acabei deixando de viver muitas coisas, mas também tive a oportunidade de viver outras que só aconteceram graças a essa decisão importante de mudar de cidade e batalhar por um espaço nas artes cênicas", relembra.
"Aos poucos, venho conquistando o meu espaço, construindo a minha carreira de forma sólida e me entendendo como um artista apaixonado pelo meu ofício e disposto a mergulhar fundo em grandes desafios. O resto é consequência. Importante mesmo é realizar trabalhos e contar histórias substanciais que toquem o coração das pessoas e influenciem suas vidas de alguma forma", diz ainda.
Em 2018, ele concluiu uma importante etapa na vida profissional. Por quatro anos, estudou Comunicação Social com ênfase em Jornalismo, oportunidade que lhe garantiu mais conhecimento sobre o meio em que escolheu trilhar.
"Eu gosto de estudar. Estou sempre fazendo cursos com base na minha curiosidade mesmo, sendo eles da minha área ou não. E tem muitos ainda que quero fazer. Escolhi o jornalismo justamente pelo fato de, enquanto artistas, estarmos a todo momento lidando com a imprensa. Somos aliados. Quando um artista realiza um trabalho, ele quer que esse trabalho seja divulgado e visto pelo maior número de pessoas possível. Então o jornalismo agregou esse olhar na minha profissão de ator: entendimento e melhor relação com a comunicação social enquanto difusor de cultura", conclui.
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