Médico ortopedista fala sobre lesões, tendinites e assaduras comuns nesse esporte e revela quais são os acessórios de segurança que o deixam mais seguro
Com o crescente número de ciclovias no Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, o ciclismo tem se tornado um esporte com mais adeptos e fãs em nosso país. Todavia, engana-se quem acha ele uma atividade leve que não pode trazer nenhum dano ao corpo. Sérias lesões podem aparecer se a atividade não for praticada com cuidado, isso inclui as bicicletas ergométricas e aulas de spinning.
“Em geral as lesões decorrem da permanência por várias horas na mesma posição ou por quedas, como lombalgias, tendinite patelar, e assaduras. A tendinite acontece , na maioria dos casos, como uma dor na frente do joelho e em geral ocorre quando o banco está baixo ou naqueles que gostam de treinos de subida e marcha pesada. Já as assaduras devem ser prevenidas com a escolha adequada do selim, seu melhor posicionamento, uso de bermudas de lycra com acolchoado e uso de vaselina na região interna das coxas. As fraturas podem ocorrer no caso de uma queda. A mais comum delas é a de clavícula, pois o ciclista gira o guidão ao passar em um buraco, por exemplo, e voa por cima da bicicleta, caindo de ombro no chão", explica Sérgio Mauricio, médico ortopedista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício.
Além de cuidado com as lesões, é preciso ficar de olho nos códigos de segurança e equipar bem a bicicleta para não sofrer nenhum acidente. “Capacete, luvas e óculos são indispensáveis, mas também é preciso instalar luzes e itens refletivos, os chamados olhos de gato, para manter a segurança durante a pedalada”, conta o expert. Se você usa a bicicleta como esporte, e não como meio de transporte, a dica é levar água e comida. Treinos de ciclismo em geral são longos, e seu corpo vai precisar daquele carboidrato extra.