Em entrevista à CARAS Brasil, a dermatologista Luciana Maluf esclarece sobre o tratamento para calvície feminina
Publicado em 07/08/2024, às 11h04
Ter os cabelos longos é um sonho para algumas pessoas, por isso, alopécia androgenética, a famosa calvície, é uma doença bastante temida por muitos homens e mulheres que também podem sofrer com essa condição. Um dos tratamentos mais recomendados é o uso dos medicamentos Finasterida 1 mg e Minoxidil, mas eles são seguros para calvície feminina? Em entrevista à CARAS Brasil, a dermatologista Luciana Maluf explica sobre o efeito desses remédios nas mulheres.
A especialista reforça que é importante uma consulta com um dermatologista ou tricologista para entender a causa dessa queda de cabelo, pois diversos fatores podem influenciar na saúde capilar, por isso, é necessário investigar os motivos.
"Antes de fecharmos um diagnóstico de androgenética, precisamos descartar algumas alterações orgânicas que possam estar influenciando essa queda de cabelo e isso vale para homens e mulheres. Um bom exame clínico dermatológico e alguns exames laboratoriais de sangue nos guiam para o diagnóstico certeiro", declara.
Se for confirmado um caso de alopécia androgenética, a Dra. Luciana avalia que o uso de Finasterida e Minoxidil não tem problemas ser indicado para mulheres, porém é importante uma avaliação de cada paciente.
"Como todo e qualquer medicamento, temos que nos atentar às contraindicações, tanto para homem quanto para mulher, e as dosagens também mudam. Para qualquer tratamento, precisa de uma avaliação prévia e bem detalhada para ver os riscos e os benefícios desses princípios ativos", avalia.
A dermatologista ainda menciona que esses não são os únicos medicamentos para tratamento da calvície feminina: "Podem ser associadas, também podemos adicionar o tratamento tópico (loções para aplicar no couro cabeludo) e o injetável na pele".
A Dra. Luciana confessa que quando mulheres são acometidas com calvície, sobretudo, quando as causas são por herança hereditária, pode ter impacto significativo na autoestima e saúde mental dessas pacientes.
"No geral, essa alopecia [androgenética] se dá mais em homens e começamos a perceber primeiramente no couro cabeludo, no topo da cabeça. Essa doença também pode acometer as mulheres, com grandes quedas e deixando marcas até mesmo psicológicas", afirma.
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