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Bem-estar e Saúde / ATENÇÃO

Filha de Simone Mendes tem diagnóstico de Covid-19 e Influenzae; médico faz alerta

Em entrevista à CARAS Brasil, Miguel Liberato também explica como tratar as doenças que foram diagnosticadas simultaneamente em Zaya, filha de Simone Mendes

Dr. Miguel Liberato
por Dr. Miguel Liberato

Publicado em 18/10/2024, às 19h34

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Simone Mendes e a filha, Zaya, quando ainda estava internada - Foto: Reprodução / Instagram
Simone Mendes e a filha, Zaya, quando ainda estava internada - Foto: Reprodução / Instagram

Zaya, filha caçula de Simone Mendes (40), deu um susto na mãe recentemente. A menina, de apenas 3 anos, foi internada em São Paulo após ser diagnosticada com Covid-19 e Influenza B simultaneamente. Há poucos dias, a cantora sertaneja compartilhou em suas redes sociais que a pequena já estava em casa melhorando. Em entrevista à CARAS Brasil, endocrinologista pediátrico Miguel Liberato alerta para o aumento de casos de crianças com estes ou mais vírus.

De acordo com o especialista, recentemente, passamos por um período delicado de circulação aumentada de vários vírus e, muitas vezes, quem mais sofre com isso são as crianças, que acabam não tendo as medidas preventivas tão em mente quanto os adultos. “Diversos foram os casos de crianças com diagnóstico recente de influenza, covid-19, entre outros vírus”, destaca.

“Eventualmente, nos deparamos com crianças que positivam para mais de um, como foi o caso da filha da Simone, e isso acontece porque os vírus compartilham a mesma via de transmissão. No caso da COVID-19, o risco de uma criança contrair a doença é semelhante ao do adulto, mas na população pediátrica o quadro tende a ter sintomas leves ou até mesmo ser um paciente assintomático, com baixo risco de complicações”, emenda Liberato.

Diferente do coronavírus, o influenza já causa um quadro mais debilitante nas crianças, segundo o médico. “Geralmente, elas apresentam febre alta, dores no corpo e na cabeça, dores de garganta que as atrapalham a se alimentar, além dos sintomas gripais clássicos, como tosse, coriza e congestão nasal”, informa.

“Quando estamos diante de uma criança com dois agentes diferentes, temos que ficar atentos se ela precisará de auxílio para controlar a febre, controlar os sintomas respiratórios e até mesmo garantir que ela se mantenha hidratada e comendo”, completa o especialista.

Ainda de acordo com o Liberato, em crianças, a COVID-19 costuma ser mais leve e com baixo risco de complicações. "Mais de 90% dos casos são assintomáticos ou apresentam doença leve. Menos de 10% das crianças necessitam de hospitalização. Quando presente algum sintoma, observa-se febre e tosse. Os casos em que se observa alteração na respiração devem ser tratados com potencial evolução para gravidade e então monitorizados”, explica.

“Já o influenza causa uma doença também de evolução benigna e que se resolve sozinha na maior parte dos casos, porém com sintomas bem exuberantes como febre, calafrios, tremores, dores de cabeça, recusa alimentar, tosse, coriza e dor de garganta. A maioria das crianças se recuperam por completo em até sete dias, mas crianças menores de dois anos podem ter uma evolução mais grave e com maior risco de complicação como, por exemplo, falta de ar”, acrescenta.

O tratamento das duas doenças é basicamente medicar com sintomáticos e garantir que a criança consiga manter a ingestão de líquidos e comida. “Em casos de sinais de gravidade como falta de ar, lábios roxos ou dificuldade para respirar, é necessário internação para suporte. Além disso, há possibilidade de um remédio específico para influenza, mas só para alguns casos específicos, o Oseltamivir”, fala Liberato.

Segundo o médico, em ambos os casos é preciso isolamento e, com abordagem adequada e atenção aos sinais de gravidade, a evolução para óbito é rara. “Geralmente, há melhora espontânea e completa em alguns dias. Ambas as doenças acima apresentam vacinas disponibilizadas pelo SUS. Além da vacina, as precauções de contato diminuem o risco de se infectar por esses vírus”, finaliza.