Éder Militão passou por cirurgia nesta semana após sofrer grave fratura; saiba o que o especialista alerta
Afastado dos gramados até a próxima temporada após uma grave lesão, Éder Militão (26) foi operado na manhã da última sexta-feira, 1, em Madri, na Espanha. O brasileiro foi submetido a uma cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito e a correção de lesões sofridas nos meniscos.
Em entrevista à CARAS Brasil, a ortopedista Dra Danielle Meloni explica que o incidente pode comprometer a estabilidade do joelho se não tiver o tratamento selecionado adequado. A especialista ressalta sobre a importância de procurar ajuda especializada o quanto antes.
"A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das lesões mais recorrentes e debilitantes no futebol, afetando não apenas a performance do atleta, mas também o andamento de competições e a estrutura das equipes. Observada com frequência crescente entre jogadores profissionais, essa lesão compromete a estabilidade do joelho e exige uma abordagem criteriosa da ortopedia esportiva, tanto na prevenção quanto no tratamento", afirma.
"O LCA é um dos principais estabilizadores do joelho, atuando na limitação de movimentos excessivos de rotação. Quando rompido, o atleta geralmente experimenta dor intensa, inchaço e incapacidade funcional imediata, interrompendo sua atividade esportiva. A natureza da prática do futebol – com movimentos explosivos de aceleração, desaceleração, mudanças rápidas de direção e saltos – expõe os jogadores a um risco significativo de lesão do LCA", complementa.
A especialista chama atenção para os fatores de risco. "Entre os fatores de risco, destacam-se aspectos biomecânicos, como a angulação dos membros inferiores e a qualidade do equilíbrio muscular entre quadríceps e isquiotibiais. Estudos mostram que desequilíbrios e fraquezas musculares, particularmente em períodos de fadiga, podem predispor o joelho a uma mecânica inadequada, aumentando a suscetibilidade à ruptura do LCA", diz.
O Dr. Paulo Hinniger destaca a importância da cirurgia em casos como o de Éder Militão. O processo delicado não garante um retorno já no início da próxima temporada, o que só deve ser confirmado com a evolução clínica do jogador.
"O tratamento da ruptura do LCA exige geralmente intervenção cirúrgica, especialmente para atletas profissionais, seguida de um longo período de reabilitação, que pode variar de seis a doze meses. Esse processo é complexo e exige dedicação para restaurar a amplitude de movimento, a força e a estabilidade do joelho afetado. A reabilitação envolve fortalecimento muscular, treino de propriocepção e condicionamento neuromuscular para preparar o atleta para retornar ao esporte com segurança e minimizar o risco de uma nova lesão", explica.
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